Foto : Marcelo Camargo/Agência Brasil
Os preços globais dos alimentos subiram significativamente em outubro, atingindo a maior alta dos últimos 18 meses, conforme dados divulgados pelas Nações Unidas nesta sexta-feira (8). A principal responsável por esse aumento foi a alta nos preços dos óleos vegetais, além do crescimento generalizado nos preços de alimentos básicos, com exceção da carne.
De acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o índice de preços de alimentos subiu para 127,4 pontos em outubro, um aumento de 2% em relação aos 124,9 pontos de setembro. Isso resultou em uma elevação de 5,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior, atingindo o maior valor desde abril de 2023. No entanto, o índice ainda está 20,5% abaixo do recorde de março de 2022, quando os preços dispararam devido à invasão da Ucrânia pela Rússia.
Principais impulsionadores do aumentoÓleos vegetais: Os preços dos óleos vegetais subiram mais de 7% em relação ao mês anterior, principalmente devido a preocupações com a produção de óleo de palma, um dos principais produtos agrícolas afetados pela instabilidade nos mercados globais.
Açúcar: O preço do açúcar teve um aumento de 2,6% em outubro, impulsionado pelas preocupações com a produção do Brasil, que continua a enfrentar desafios devido às condições climáticas e outros fatores que afetam a oferta.
Cereais: O aumento nos preços dos cereais foi mais modesto, com uma elevação de apenas 0,8% em relação ao mês anterior. O trigo, por exemplo, viu uma alta devido a preocupações com as condições de plantio no hemisfério norte e à introdução de restrições no preço de exportação pela Rússia. O milho também registrou aumento, impulsionado por fatores similares.
Laticínios: Os preços dos laticínios subiram quase 2%, com o queijo e a manteiga registrando forte demanda, enquanto a oferta permanece limitada, conforme indicado pela FAO.
Embora o índice geral tenha mostrado um crescimento significativo, é importante destacar que ele ainda se encontra 20,5% abaixo do pico histórico alcançado em março de 2022, quando os preços dispararam devido à guerra na Ucrânia. No entanto, a tendência de aumento nos preços dos alimentos pode continuar a impactar tanto consumidores quanto mercados globais, especialmente em países com alta dependência das importações de produtos alimentícios.
O aumento nos preços de alimentos básicos, especialmente de itens essenciais como óleos e cereais, reforça a preocupação com a segurança alimentar global, com impactos diretos na inflação e no poder de compra de milhões de pessoas ao redor do mundo. A situação permanece instável, com as perspectivas de produção no Brasil e outras regiões chave continuando a ser um fator importante no cenário de preços.
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