Suspeitos que concordarem em ajudar na investigação poderão assinar acordos de "não persecução", mas para isso precisam admitir participação no esquema
Foto: Americanas/assessoria
A Polícia Federal nomeou 41 suspeitos de participação na fraude bilionária que levou a Lojas Americanas. Nesta segunda-feira (2), a PF identificou as pessoas que foram segmentadas em oito grupos, conforme o setor de atuação no esquema. A fraude fez com que a empresa realizasse um dos maiores pedidos de recuperação judicial da história do país no início do ano passado.
Os principais implicados incluem o ex-presidente-executivo, Miguel Gutierrez, e a ex-presidente da B2W, unidade de varejo digital da Americanas, Anna Saicali, que já haviam sido citados anteriormente pela polícia.
Os suspeitos que concordarem em ajudar na investigação poderão assinar acordos de “não persecução”, segundo os documentos, mas para isso precisam admitir participação no esquema que levou a um rombo de mais de R$ 25 bilhões na contabilidade da companhia.
Gutierrez chegou a entrar na difusão vermelha da Interpol e foi preso por um breve período em Madri no início deste ano. Ele foi liberado e entregou o passaporte às autoridades. No mês passado, o TRF-2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região) concedeu habeas corpus para revogar o mandado de prisão emitido contra ele.
Gutierrez também tem cidadania espanhola e atualmente mora na Espanha. Em julho, o MPF (Ministério Público Federal) pediu a extradição do executivo.
Saicali também foi alvo de um mandado de prisão, depois revogado pela Justiça em troca de sua apresentação às autoridades. Ela estava em Portugal, chegou em São Paulo no início de julho e se apresentou à Polícia Federal, na delegacia especial do Aeroporto Internacional de Guarulhos.
Os outros citados pela PF são ex-funcionários e executivos de diferentes departamentos da Americanas, entre eles contabilidade, relações com investidores e tecnologia da informação, de acordo com os documentos.
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