Nota de R$ 1 vira raridade cobiçada e pode valer até R$ 1.700
Valor da moeda em papel pode chegar a R$ 1.700, dependendo do estado de conservação
Sophia Bernardes / bpmoney
Nota de R$ 1 / Divulgação
Em 1º de julho de 1994, foi introduzida a nova moeda que revolucionaria a economia brasileira. Criada como resposta a uma inflação que ultrapassava os 2.000% ao ano, o real foi concebido para proporcionar maior poder de compra aos brasileiros.
A nota de R$ 1, em especial, tornou-se símbolo desse plano, viabilizando a compra de diversos produtos nos primeiros anos de sua circulação.
Naquela época, com apenas uma nota de R$ 1, era possível adquirir cerca de 10 pães francês, que custavam, em média, 10 centavos cada.
Ao longo dos últimos trinta anos, a realidade econômica mudou significativamente, e hoje um único pão francês pode chegar a custar até R$ 2.
Nos últimos trinta anos, apesar da estabilidade econômica, o real sofreu desvalorização. Contudo, uma constante persiste: a nota de R$ 1 permanece uma favorita entre os colecionadores, embora tenha deixado de ser produzida em papel há duas décadas, sendo substituída pela versão em moeda a partir de 2004.
A decisão de retirar a nota de R$ 1 de circulação foi motivada pela curta vida útil das cédulas de papel.
Após estudos, o Banco Central constatou que essas notas tinham uma durabilidade média de apenas 13 meses, o que tornava sua produção custosa para os cofres públicos devido ao rápido desgaste. Por esse motivo, a nota foi substituída pela moeda de R$ 1, que continua em uso até hoje.
Nota de R$ 1 como peça rara
De acordo com Mariana Campos, diretora comercial da Sociedade Numismática Brasileira (SNB), uma nota em bom estado de conservação, sem danos e com aparência de nova, pode alcançar valores que chegam a algumas centenas de reais.
“Mas, se o número de série for iniciado com a letra B e terminado com a letra A, pode ter um grande valor para os colecionadores, por serem mais raras”, diz Mariana Campos.
Conforme Mariana explicou, diversos fatores podem tornar uma peça numismática rara. Entre os mais significativos estão a quantidade total de exemplares produzidos e o estado de preservação.
Contudo, é importante considerar o contexto histórico, a disponibilidade conhecida de exemplares ou sua retirada da circulação, possíveis variações no processo de cunhagem e a data de emissão.
“Nem sempre moedas antigas são raras, o que importa mesmo são as especificidades. Algumas cunhadas em número elevado, por exemplo, podem ser consideradas mais incomuns com o tempo do que outras cunhadas em quantidades menores. Assim, o grau de raridade se refere à dificuldade em se encontrar determinada moeda”, explica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário