Por Folhapress
Foto: Reprodução / Pixabay
O estado de São Paulo chegou a 587 mortes por dengue em 2024, segundo dados do painel de monitoramento da Secretaria Estadual da Saúde deste domingo (5). Outras 719 mortes estão em investigação. O estado contabiliza ainda 922.139 casos confirmados, dos quais 910.579 são leves, 10.468 têm sinal de alarme e 1.092 são casos graves.
Em comparação a todo o ano de 2023, quando foram registrados 336.999 casos, os casos nos primeiros 125 dias de 2024 correspondem a um aumento de 173,6%. Alguns dos sinais de alarme são: dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, sangramento de mucosas, queda de pressão arterial, aumento do tamanho do fígado, letargia ou irritabilidade, acúmulo de líquidos em cavidades corporais (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico), aumento progressivo do hematócrito e hipotensão postural (tontura ao levantar).
A capital é o município com mais mortes por dengue (105). Dentre as cidades que mais registram óbitos, estão Jacareí (47), Guarulhos (35) e São José dos Campos (35). O número de mortes pela doença na cidade de São Paulo ultrapassa o número registrado nos últimos 17 anos. Desde o início da série histórica, em 2007, até 2023, a capital paulista registrou, no total, 71 óbitos por dengue, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde.
Na série história da prefeitura de São Paulo, foram registrados mortes por dengue no município em: 2007 (3); 2011 (1); 2012 (2); 2013 (2); 2014 (14); 2015 (25); 2016 (8); 2019 (3); 2020 (1); 2022 (2); e 2023 (10). Segundo dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde desta quinta, o país registra 4.270.624 casos prováveis e 2.197 mortes por dengue neste ano. Apesar dos recordes, de acordo com o Ministério da Saúde, há uma tendência de queda dos casos de dengue.
No Brasil, 21 estados e o Distrito Federal estão em tendência de queda ou estabilidade na incidência de dengue. Outras cinco unidades federativas ainda apresentam alta da doença, apontam dados atualizados na terça-feira (30) pela secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.
Ceará, Mato Grosso, Pará, Sergipe e Tocantins são os estados que ainda têm uma tendência de aumento de casos da doença. Segundo a secretária, os locais com tendência de aumento são os quais, historicamente, o aumento de casos de dengue é mais tardio ao longo do ano. É o caso dos estados do Nordeste. Sobre os demais, deve ser feita uma análise mais minuciosa do que está acontecendo, disse.
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