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sábado, 25 de maio de 2024

Rio Grande do Sul investiga mais de 800 casos suspeitos de leptospirose

Por Folhapress
Foto: Gustavo Mansur / Pálacio Piratini
A Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul está analisando mais de 800 casos suspeitos de leptospirose. O número de ocorrências da doença cresce após as enchentes que atingiram 365 municípios do estado.

Até este sábado (25), foram 1.072 notificações —pacientes que relataram sintomas— e 54 casos confirmados. Houve quatro mortes e há outros quatro óbitos em investigação.

A primeira vítima foi um homem de 67 anos, residente do município de Travesseiro, no vale do Taquari. As outras mortes ocorreram em Porto Alegre, Cachoeirinha e Venâncio Aires.

Testes para detectar a infecção estão disponíveis em unidades de saúde de todo o estado. O governo Eduardo Leite (PSDB) instrui todos os moradores a realizarem a checagem em caso de sintoma da doença.

SINTOMAS E TRATAMENTO
A leptospirose é uma doença infecciosa causada pela bactéria Leptospira interrogans. Ela pode estar presente no rato, no cachorro, no porco, na vaca e na cabra. A bactéria se aloja nos rins desses animais, que a eliminam pela urina.

O contágio acontece por meio do contato com a urina dos animais infectados, o que pode ocorrer na água das enchentes. Machucados pelo corpo favorecem a contaminação, mas a bactéria penetra na pele mesmo quando não há lesões.

A doença pode ser assintomática. Quando há sintomas, o paciente tem dor no corpo e na cabeça, febre alta, de 38,5º C, 39º C, diarreia, náuseas, vômitos, dor na panturrilha e conjuntivite (ou olhos avermelhados). Por ser confundida com outras doenças infecciosas, muitas vezes o atendimento é postergado.

Nas formas graves, a manifestação da leptospirose é a síndrome de Weil. O paciente tem icterícia, hemorragia pulmonar e insuficiência renal, parando de urinar. Ele fica sonolento, confuso e precisa ser cuidado numa UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

A leptospirose pode ser tratada com antibióticos de amplo espectro, como doxicilina ou amoxicilina. Para a fase tardia, a penicilina e outros antibióticos derivados dela.

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