"Não quero impor uma pena de prisão e fiz tudo o que pude para evitá-la. Mas o farei, se necessário", disse o juiz Juan Merchan
Foto: Jim Lo Scalzo/EFE
Responsável pelo primeiro julgamento criminal de Donald Trump, o juiz Juan Merchan multou o ex-presidente em US$ 1.000 (pouco mais de R$ 5.000) nesta segunda-feira (6). bahia.ba/mundo
Na sentença do magistrado, Trump é culpado de desacato ao tribunal pela décima vez por violar uma ordem de silêncio. O magistrado também voltou a ameaçar prender Trump caso ocorram novas violações.
O juiz disse que as nove multas de US$ 1.000 que ele impôs até agora não pareciam estar impedindo o ex-presidente de violar a ordem. Merchan disse ainda que considerava a prisão “o último recurso” por muitas razões, incluindo o fato de que isso interromperia o julgamento em andamento e traria implicações políticas sérias, uma vez que Trump é candidato à Presidência dos Estados Unidos e faltam seis meses para a eleição.
Segundo Merchan, porém, as violações “contínuas e intencionais” de Trump à ordem de silêncio constituem um “ataque direto ao Estado de Direito”. “Não quero impor uma pena de prisão e fiz tudo o que pude para evitá-la. Mas o farei, se necessário”, disse o juiz.
Outro lado – Trump reclama frequentemente que a ordem de silêncio limita sua capacidade de apresentar seu caso aos eleitores para uma nova candidatura à Casa Branca. A jornalistas antes da sessão desta segunda, ele disse que a ordem de silêncio removeu “seu direito constitucional de falar”.
O republicano também voltou a dizer que os promotores são aliados de Joe Biden, que o caso todo tem motivação política e que o juiz Merchan enfrenta um conflito de interesses porque sua filha trabalhou para políticos democratas —Loren Merchan tem uma empresa de estratégias digitais que prestou serviços à campanha de Biden e Kamala Harris.
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