Por Julia Chaib | Folhapress
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
O governo brasileiro acompanha o incidente com o presidente do Irã, Ebrahim Raisi, 63, que precisou fazer um "pouso difícil" de helicóptero neste domingo (19) e corre risco de morte, segundo o regime de Teerã e a imprensa estatal. O Itamaraty monitora as notícias a respeito do caso, e integrantes do Palácio do Planalto tentam contato com a embaixada do Irã no Brasil.
Uma manifestação oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) só deve ocorrer uma vez que o episódio seja esclarecido. Ainda não há confirmação se há mortos ou feridos. Nos bastidores, auxiliares do petista lamentam o ocorrido, independentemente de qual seja o desfecho.
Segundo o Ministério do Interior iraniano, equipes de resgate estão na região próxima das coordenadas do helicóptero, mas enfrentam dificuldades devido ao tempo e a neblina. De acordo com a televisão estatal, a aeronave caiu devido a condições climáticas adversas.
Lula, que tem um histórico de boa relação com o Irã, teve um encontro com Raisi em agosto do ano passado, na África do Sul, durante encontro do Brics. O bloco, criado em 2009, era formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
No ano passado, o Irã foi convidado a ingressar no grupo, junto com a Argentina, a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, o Egito e a Etiópia. O bloco então foi ampliado para 11 membros, com presença no Oriente Médio e reforço nas representações da África e da América Latina.
Na ocasião, Lula destacou que Teerã vai completar 120 anos de relações com o Brasil. "O Irã é um país importante. Eu vejo como muito importante que o Irã esteja conversando com o mundo árabe, tentando se colocar de acordo com a Arábia Saudita", disse o presidente à época.
Nenhum comentário:
Postar um comentário