Foto: Reprodução/TV Santa Cruz
Uma criança de 2 anos morreu após ser internada com sinais de desnutrição em Itabuna, no sul da Bahia. O óbito ocorreu na terça-feira (7), no Hospital Manoel Novaes. A vítima é uma menina indígena e venezuelana. Desde setembro do ano passado, ela e um grupo com mais de 50 imigrantes indígenas da Venezuela foram abrigados no prédio de um colégio estadual desativado.
Conforme apurado pela TV Santa Cruz, afiliada da TV Bahia região, a situação no espaço é insalubre, com forte odor em meio a entulho e sujeira. A criança já havia sido hospitalizada com os mesmos sinais de desnutrição em abril. Na época, ela foi tratada e se recuperou, porém voltou a sofrer com o problema. A menina morreu desnutrida, com diarreia e baixo peso. Seu corpo foi velado na tarde desta quarta (8), no colégio.
Questionada pela emissora, a prefeitura não se pronunciou sobre o problema. A equipe de reportagem também procurou o Ministério Público da Bahia (MP-BA), mas até o momento não obteve retorno sobre o assunto. *Com informações do G1
NOTA - A Prefeitura de Itabuna
A Prefeitura de Itabuna, por meio da Secretaria de Promoção Social e Combate à Pobreza (SEMPS), reitera que há nove meses fornece a assistência humanitária à subsistência dos imigrantes indígenas venezuelanos abrigados provisoriamente no Colégio Estadual Antonio Carlos Magalhães, no Mangabinha. Há o fornecimento de todas as refeições, inclusive especial às crianças.
Também oferece material de limpeza e higiene pessoal, atendimento em saúde, encaminhamento para a rede escolar e cuidados sanitários, tendo inclusive contado com o apoio da Biosanear em ação de educação ambiental no abrigo e do Comitê Intersetorial de Refugiados e do Núcleo Especializado em Migrantes ligados a Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Em março passado, dois representantes da secção Ilhéus/Itabuna do Ministério Público Federal (MPF) visitaram o abrigo temporário dos imigrantes venezuelanos da tribo Warao, quando puderam comprovar os esforços da Prefeitura para oferecer ajuda humanitária. Mas, por conta de sua cultura diferente, os imigrantes não têm muita preocupação com a higiene, inclusive não atendem às orientações sanitárias e ambientais em relação ao acondicionamento de lixo.
A SEMPS disponibiliza uma equipe técnica com assistente social e psicóloga que acompanha o grupo dentro do abrigo e os mesmos relatam já terem chamado a atenção por diversas vezes em relação a alimentação das crianças, embora os gêneros alimentícios sejam fornecidos de acordo com a relação que pedida pelos imigrantes.
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