Por Vitor Guerra
O estudante será um dos brasileiros a participar da maior feira de ciências do mundo, em Los Angeles.
Foto: Arquivo pessoal
O estudante Pedro Paulo, do Maranhão (MA), foi selecionado para participar da maior feira de ciências do mundo. Ele pesquisou o combate às doenças tropicais!
Com apenas 16 anos, o estudante de Imperatriz, começou a desenvolver a pesquisa em 2022, quando cursava o 9º ano do ensino fundamental. Agora, 2 anos depois, ele colhe resultados incríveis.
De malas prontas para Los Angeles, nos Estados Unidos, para participar do Regeneron International Science and Engineering Fair (ISEF), Paulo foi um dos 18 trabalhos selecionados em todo o Brasil. Ao todo, foram mais de 6.1000 inscritos!
Pesquisou planta típica
O objeto de estudo do adolescente, que faz parte do programa Cientista Aprendiz da Universidade Estadual da Região Tocantina do MA (Uemasul), é a planta Solanum viarum Dunal, também conhecida como Juá Bravo.
“Analisamos os princípios ativos encontrados na folha do Juá Bravo, com o intuito de produzir um biolarvicida que consegue matar e modificar geneticamente as larvas dos mosquitos Aedes aegypti”, contou o jovem pesquisador.
Para tal, Pedro teve ajuda do professor de Ciências Biológicas da Uemasul, Zilmar Timóteo Soares. Os resultados encontrados pelos dois, são super promissores.
“As larvas, que se transformam em fêmeas, todas morreram após a aplicação do larvicida [desenvolvido na pesquisa] e 70% das larvas que se transformam em mosquitos machos sofrem degeneração. O restante se transformam em mosquitos com dimorfismo sexual, ou seja, se tornaram estéreis”, contou o docente.
Vai para os EUA
O jovem Paulo sempre gostou de ciência e acumula participações em feiras e eventos científicos.
O maior da carreira, até então, veio com um convite para os Estados Unidos. A participação em uma feira gigante, a mais importante do mundo internacional, coroa o espírito científico de Paulo.
“Espero que esta participação na Regeneron ISEF – maior feira de ciências e engenharia do mundo – seja enriquecedora, tanto no âmbito intelectual como no pessoal. Que possa fortalecer minha aptidão pela pesquisa e abrir portas de oportunidades e conhecimentos”, comemorou.
Para o professor orientador, a participação do garoto na ISEF é a oportunidade do país mostrar como pode ser um grande protagonista para o avanço científico e tecnológico do mundo.
“O que esperamos é o reconhecimento pelo trabalho que desenvolvemos com ética, seriedade obedecendo todos os protocolos nacionais e internacionais. Mostrar que, no Brasil, desenvolvemos pesquisas desde as séries iniciais e quem sabe trazer um prêmio para o Maranhão”.
Agora, o menino vai concorrer com outros grandes nomes da ciência mundial. Bora Paulo, vamos trazer esse prêmio pra casa! Leia mais no sonoticiaboa
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