Frente à tragédia no Rio Grande do Sul, onde as enchentes já causaram 90 mortes e deixaram 132 pessoas desaparecidas, os principais bancos do País implementaram medidas para apoiar os clientes afetados pelo desastre climático.
Banco do Brasil (BBAS3), Bradesco (BBDC4), Itaú (ITUB4) e Santander (SANB11) têm ofertas temporárias para minimizar os eventuais problemas financeiros de clientes da região, como redução de taxas de juros, suspensão de cobranças de pessoas físicas e jurídicas, condições especiais de negociações de dívidas, operações especiais com as seguradoras, além de doações.
As enchentes dos últimos dias também afetaram as agências físicas dos bancos na região. O Itaú, por exemplo, relatou que das 116 agências que possui no Rio Grande do Sul, 52 foram impactadas. Dessas, 36 estão temporariamente fechadas, enquanto 16 estão operando em regime de contingência.
Banco do Brasil
Clientes pessoas físicas da região terão uma carência de até seis meses para o pagamento da primeira parcela ao contratar o BB Crédito Consignado ou o BB Crédito Salário, conforme anunciado pelo Banco do Brasil.
Além disso, o banco estornará a tarifa de emissão de segunda via dos cartões e oferecerá tratamento diferenciado para encargos e saldo devedor dos clientes afetados pelas enchentes.
As micro e pequenas empresas afetadas terão acesso a linhas de crédito, tanto governamentais quanto próprias dos bancos, com condições especiais. Além disso, o amparo ao crédito será mantido para pessoas físicas e jurídicas, produtores rurais e municípios atingidos pela tragédia das enchentes.
Também será viável renegociar dívidas com condições diferenciadas, oferecendo até 180 dias de carência e um prazo de pagamento de até 120 meses.
As empresas localizadas nos municípios gaúchos afetados também terão acesso a linhas de repactuação, com prazos de 30, 36 ou 48 meses para operações convencionais, e até 72 meses para contratações através do Pronampe.
Bradesco
O Bradesco anunciou que disponibilizará condições especiais para renegociação de dívidas, incluindo prazos de carência de até 180 dias, para clientes tanto pessoas físicas quanto jurídicas que necessitem ajustar o pagamento de linhas de crédito como capital de giro, crédito pessoal e crédito direto ao consumidor.
Além disso, o banco está mobilizando recursos por meio de sua divisão de seguros. “Até o momento, a empresa disponibilizou guinchos e veículos de apoio à comunidade em diversas cidades.
Santa Cruz do Sul, São Leopoldo, Caxias do Sul e Porto Alegre são os municípios com maior demanda pelo serviço da seguradora, que reforçou sua equipe de atendimento”, conforme comunicado divulgado nesta terça-feira (7).
O banco também está operando uma conta para receber doações e destinar à região.
Itaú
Em resposta às enchentes no Rio Grande do Sul, o Itaú informou a suspensão das cobranças para clientes afetados pela tragédia e realizou uma doação de R$ 5 milhões para ajudar a enfrentar os impactos da crise climática.
“Absolutamente tudo que é possível, temos suspendido nesse momento. […] Eu não acho que esse é um assunto que tem solução de curto prazo. A gente tem que estar próximo. O nosso apoio com certeza não termina aqui. A cidade vai precisar de um grande apoio para a reconstrução” afirmou o presidente Milton Maluhy Filho, em entrevista à imprensa sobre o balanço do banco nesta terça (7).
Entre as ações adotadas, destaca-se a suspensão imediata de todas as cobranças, incluindo tarifas, encargos e taxas, para clientes pessoas físicas e jurídicas.
Santander
O banco realizou uma doação inicial de R$ 5 milhões para a Associação União Brasil e estabeleceu uma parceria com a Azul para o transporte de mantimentos e equipamentos de saúde.
Para o crédito pessoal, o banco implementará uma redução de até 20% nas taxas de juros e oferecerá uma carência de até 40 dias para o pagamento das parcelas em novas contratações.
No cartão de crédito, será ampliado o parcelamento máximo das faturas de 10 para 24 meses, com desconto nas taxas, e os limites serão mantidos durante o mês de maio.
O Santander está oferecendo aos clientes a possibilidade de adiamento do pagamento das duas próximas parcelas do crédito imobiliário, além de permitir renegociações através do site ou aplicativo.
Essas renegociações incluem até 60 dias de carência, redução de até 70% nas seis primeiras parcelas e prazo de até 120 meses para quitação.
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