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domingo, 26 de maio de 2024

Acusada de furto, ex-governanta de Caetano Veloso pede indenização de R$ 2,6 milhões na justiça

Foto: Reprodução Youtube / Fio Diário
Uma ex-funcionária do cantor e compositor Caetano Veloso e de sua esposa, Paula Lavigne, entrou com duas ações trabalhistas, na Justiça do Rio de Janeiro, após ter sido demitida por justa causa.

Edna Paula da Fonseca Santos, que trabalhava com o casal desde 2002, foi dispensada no último dia 6, sob as acusações de furtar garrafas de bebidas alcoólicas, de se hospedar de forma clandestina em uma casa na Bahia e de utilizar um veículo da empresa do músico para fins particulares. De acordo com a reportagem da Veja SP, publicada neste sábado (25), a empresária Paula Lavigne também teria descoberto a suposta subtração de uma quantia de dólares.

No processo, além de desconstruir a tese que deu origem à dispensa por justa causa, Edna, que recebia R$ 4.800 reais mensais (sendo R$2. 000 reais “por fora”), cobra cerca de R$2,6 milhões de indenização trabalhista, divididos entre adicional noturno, acúmulo de função, horas extras, incorporação de remuneração, entre outros.

"Os réus deverão indenizar Edna pelas violações aos direitos de sua personalidade, tais como a honra, a intimidade e a imagem, matéria que será abordada em ação própria”, afirma, no processo, a defesa da ex-funcionária", diz trecho do processo obtido pela publicação.

Edna, que vive desde 2017 com dois filhos em um apartamento em Ipanema cedido pelo cantor, teria recebido prazo de 30 dias para deixar o imóvel.

“ABUSOS PSICOLÓGICOS”
Em nota, a defesa de Edna diz que sua cliente passou por anos de “abusos psicológicos e morais”. Veja abaixo:

“Edna é uma mulher periférica e de origem humilde, não tem influência cultural e política como a parte adversa. Em razão disso, fazemos esclarecimentos para que não se dê a entender que Edna teria furtado qualquer coisa nos 22 anos em que trabalhou na casa de Paula Lavigne e Caetano Veloso.

Edna é, na verdade, vítima de Paula Lavigne. Durante os 22 anos em que trabalhou na residência do casal, Edna foi submetida a um padrão sistemático de abusos psicológicos e morais, fatos que ainda serão levados ao conhecimento do Judiciário Trabalhista em momento oportuno.

O episódio culminante – tratado na matéria sob ótica distinta – ocorreu em maio deste ano. Paula Lavigne iniciou uma investigação privada para apurar responsabilidades sobre o sumiço de uma quantia em dólares de sua casa.

Para isso, valeu-se de métodos pouco democráticos e gravíssimos para inquirir funcionários – dentre eles Edna, constante e indevidamente acusada de forma indireta por Paula.

Na tentativa de provar sua inocência, Edna entregou para Paula, no âmbito da investigação privada que ela iniciou, extratos bancários dos últimos 7 anos para demonstrar que todo o dinheiro que tinha era fruto de seu trabalho.

Nada disso foi suficiente para que Paula parasse de assediar Edna. Até que, no dia 03 de maio, Paula Lavigne confiscou o telefone celular de Edna e violou o sigilo de suas comunicações, conversas pessoais e fazendo backup dos dados privados de Edna.

Além das ações trabalhistas, outras providências legais em relação a esses fatos já foram tomadas.

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