Apesar de indicação anterior de Lula sobre rearranjo após 12 meses, entorno vê necessidade de mudanças só após março
Reprodução: Marcello Casal Jr./ Agência Brasil
A expectativa em torno de uma ampla reforma ministerial no início de 2024 esfriou, na avaliação de integrantes do governo Lula, do PT e do Congresso Nacional.
Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, uma ala do Palácio do Planalto ainda espera por uma reformulação do primeiro escalão logo em janeiro, mas ministros próximos ao presidente e aliados que recentemente conversaram com ele sobre o assunto saíram com a impressão de que as trocas não devem ocorrer num prazo tão curto.
Lula havia dito anteriormente a ministros que tem o costume de fazer uma análise do desempenho do governo após o primeiro ano e promover ajustes.
Flávio Dino, que vai deixar o Ministério da Justiça e ir para o STF (Supremo Tribunal Federal), é peça a ser movida já na largada de 2024. Mas essa seria uma substituição desgarrada da reforma ministerial.
De acordo com a Folha, uma ampla reconfiguração da Esplanada dos Ministérios, então, só se confirmaria depois de março.
O presidente ainda não bateu o martelo. Isso tem gerado leituras conflitantes mesmo entre ministros do Palácio do Planalto, que se dividem entre os que apostam em trocas em janeiro ou fevereiro e aqueles que enxergam uma reforma apenas no segundo trimestre.
Dirigentes petistas também não veem espaço para uma mexida significativa na Esplanada por ora. O partido ocupa a maior parte dos ministérios no governo Lula e deverá ser alvo de trocas no próximo ano —Lula continua questionando o desempenho de correligionários à frente de algumas pastas.
Ministros e aliados dizem que uma ampla reforma deve ser conduzida num momento de real necessidade. Ou seja, quando o governo precisar reorganizar a base política para convencer o Congresso a aprovar medidas impopulares ou de grande interesse do presidente.
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