Por Edu Mota, de Brasília / BN
Foto: reprodução
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assim como os presidentes do STF, Luís Roberto Barroso, e do Senado, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), participaram, nesta segunda-feira (8), de solenidade no Congresso Nacional que lembra a invasão e depredação das sedes dos três poderes, em Brasília, há exatamente um ano. O evento contou com a participação de seis ministros do STF, dos ministros do governo Lula, além de diversas autoridades e parlamentares.
Cerca de 13 governadores estiveram presentes na solenidade, entre eles o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues. O presidente da Câmara, Arthur Lira, não compareceu à solenidade por problemas familiares.
O evento, que foi aberto com um ato simbólico de reintegração ao patrimônio público de uma tapeçaria de Burle Marx destruída por manifestantes, se dedica a celebrar a democracia e relembrar como as instituições da República reagiram à tentativa de destruição das sedes dos três poderes. Logo em seguida, foi executado o Hino Nacional, cantado pela ministra da Cultura, Margareth Menezes.
Ao discursar na cerimônia, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, defendeu a punição aos participantes dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Segundo o ministro, ninguém está autorizado no país a confundir paz e união com impunidade.
"O fortalecimento da democracia não permite confundirmos paz e união com impunidade, apaziguamento ou esquecimento. Impunidade não representa paz nem união. O apaziguamento também nao representa paz, nem União. Um apaziguador, como lembrado pelo ministro Winston Churchill, é alguém que alimenta um crocodilo esperando ser o último a ser devorado. Esquecimento também da mesma maneira não significa nem paz nem união, porque ignorar atentado à democracia seria equivalente a encorajar grupos extremistas aos atos criminosos de golpistas", afirmou.
Segundo Moraes, "todos aqueles que pactuaram covardemente com a quebra da democracia e um regime de exceção serão devidamente investigados, processos e responsabilizados na medida de suas culpabilidades".
O ato deste dia 8 de janeiro foi batizado de "Democracia Inabalada", e foi organizado conjuntamente pela Presidência da República, pelo Congresso e pelo Supremo.
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