Cientista diz que tempestade solar vai interferir no campo magnético da terra e afetar serviços de comunicação
Crédito: Freepik/Reprodução
Apesar do desgaste provocado pelo uso indiscriminado, caos ainda é a melhor palavra para definir o que pode ocorrer no planeta Terra entre 2024 e 2025. Outra palavra que se adequar ao pior cenário previsto pelo cientista e professor Peter Becker é apocalipse: a internet deixará de funcionar por meses, assim como sistemas de comunicação via satélite e de geolocalização (GPS); as redes elétricas sofrerão panes constantes. Conteúdo Correio
Becker estuda a atividade solar e participa de um projeto com a Universidade George Manson e o Laboratório de Pesquisa Naval, nos Estados Unidos, que tem o objetivo de antecipar e alertar as autoridades sobre a ocorrência e a intensidade de tempestades solares.
Quando muito intensas, essas tempestades, que são o resultado de explosões na coroa do sol, lançam massa coronal (EMC) para a Terra, interferindo no campo magnético do planeta.
Segundo Becker, em uma EMC, há grandes erupções de gás ionizado a alta temperatura. Quando esse gás atinge o campo magnético terrestre, tempestades geomagnéticas podem ser causadas, o que prejudica os meios de comunicações e as estações elétricas.
“A internet atingiu a maioridade durante uma época em que o Sol estava relativamente calmo. Agora, ele está entrando em uma época mais ativa”, afirmou o professor à Fox Weather.
Ele esclarece que uma supertempestade solar já aconteceu anteriormente, em 1859. Na época, disse, faíscas voaram das linhas telegráficas e alguns operadores foram eletrocutados, porque os fios carregavam alta tensão. “Isso não deveria acontecer, mas as variações do campo magnético tornaram-se tão fortes que quase viraram um gerador (de eletricidade)”, explica. “Agora, a EMC poderia realmente fritar os sistemas por várias semanas ou meses, e toda a infraestrutura vai precisar ser reparada”, prevê.
Um pico de explosões solares semelhante ao de 1859 deve acontecer, segundo cálculos da equipe de Becker, até 2025, sendo provável que ocorra já no ano que vem.
Para tentar evitar o apocalipse, ou ao menos tentar diminuir seus efeitos, a equipe de Becker na Universidade George Manson em conjunto com o Laboratório de Pesquisa Naval dos EUA tentam criar um sistema para alertar a população cerca de 18 horas antes que as partículas solares comecem a alterar o campo magnético terrestre.
O cientista diz que o raio de uma explosão solar chega à Terra em cerca de 8 minutos o que, segundo ele, marca uma possível interrupção do campo magnético entre 18 e 24 horas. Segundo Becker, o aviso é essencial para que os aparelhos sejam desligados e não queimem.
“Há coisas que podem ser feitas para mitigar o problema, e o alerta é um deles. No longo prazo, falamos sobre fortalecimento da internet. O projeto funcionaria como uma apólice de seguro. Você pode nunca precisar, mas ela custaria trilhões”, defende.
Juíza autoriza processo contra redes sociais, acusadas de viciar crianças
Enquanto a internet ainda funciona, as grandes corporações que estão por trás das redes sociais passam por maus bocados. Na terça-feira (14), a Justiça americana rejeitou um apelo dessas empresas para suspender uma ação que as acusa de prejudicar a saúde mental de milhões de crianças que são atraídas e depois viciadas ilegalmente por elas.
Sentam-se no banco dos réus as companhias Alphabet, que opera o Google e o YouTube; Meta, que opera o Facebook e o Instagram; ByteDance, que opera o TikTok; e Snap, que opera o Snapchat.
A responsável pelo processo é a juíza Yvonne Gonzalez Rogers, de Oakland, Califórnia. A decisão vale para centenas de processos movidos em nome de crianças – por pais, distritos escolares e estados -, de forma individual, que supostamente sofreram efeitos negativos para a saúde física, mental e emocional devido ao uso das redes sociais. Entre eles estão ansiedade, depressão e, ocasionalmente, suicídio. As ações buscam, entre outras soluções, a indenização e suspensão das supostas práticas ilícitas das companhias.
O porta-voz da Alphabet chamou as alegações de falsas e disse que proteger as crianças “sempre foi fundamental para o nosso trabalho”. Outras empresas não comentaram ou não responderam imediatamente às solicitações de respostas feitas pela agência Reuters.
A juíza disse que as empresas, como fabricantes de produtos, têm o dever legal de proteger seus usuários e, por isso, podem ser processadas por negligência em relação ao seu dever de projetar produtos razoavelmente seguros e de alertar os usuários sobre defeitos conhecidos.
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