Telefonema aconteceu cerca de duas horas após uma reunião secreta do alto escalão do governo com os comandantes das Forças Armadas
Foto: Alan Santos/ PR
Em posse da Polícia Federal (PF), um dos e-mails deixados na lixeira por auxiliares de Jair Bolsonaro (PL) aponta que o ex-chefe do Executivo teve uma conversa secreta com o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no dia 14 de novembro de 2022, após ter perdido as eleições para Lula (PT).
Obtida pela coluna de Guilherme Amado, no portal Metrópoles, a mensagem indica que o telefonema ocorreu às 16h20, no Palácio da Alvorada, e durou 10 minutos. Ainda segundo a publicação, a conversa aconteceu cerca de duas horas depois de uma reunião secreta do alto escalão do governo Bolsonaro e comandantes das Forças Armadas.
Apesar das conversas constarem na “agenda confidencial da Presidência”, elas não foram registradas na agenda pública de Bolsonaro.
De acordo com a coluna, o telefonema para Trump se deu no mesmo período em que o deputado Eduardo Bolsonaro (PL), filho 03 do ex-presidente, esteve nos Estados Unidos. Nove dias após a conversa secreta, o jornal The Washington Post noticiou, inclusive, que aliados do líder americano tentavam convencer Jair Bolsonaro de contestar o resultado das eleições do Brasil.
Segundo a reportagem, Eduardo esteve na mansão de Donald Trump em Mar-a-Lago, na Flórida, onde conversou com o ex-presidente americano e com Steve Bannon, ideólogo da extrema direita global. A viagem do 03 rendeu ainda encontro com Jason Miller, porta-voz da campanha de Trump em 2020 e CEO da rede social Gettr.
Na ocasião, Bannon disse ao Washington Post ter conversado com Eduardo sobre a força das manifestações a favor de Bolsonaro e a possibilidade de contestar o resultado da eleição brasileira. Miller, por sua vez, disse ter falado com o parlamentar sobre censura nas redes e liberdade de expressão.
Conforme a coluna, o deputado não fez qualquer menção em suas redes sociais a respeito da viagem aos Estados Unidos e só informou ter saído do Brasil quando foi à Cidade do México, onde participou do evento conservador CPAC, entre 18 e 19 de novembro.
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