Delação do ex-policial Élcio Queiroz traz informação
Foto: Renan Olaz/ Câmara Municipal do Rio
A vereadora Marielle Franco, que foi assassinada no dia 14 de março de 2018, no bairro do Estácio, região central do Rio de Janeiro, estava sendo monitorada desde agosto de 2017, ou seja, sete meses antes do crime. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (24) pelo ex-policial militar Élcio Queiroz em delação à Polícia Federal e ao Ministério Público do Rio de Janeiro.
Segundo o delegado da Polícia Federal Guilhermo Catranby, um dos integrantes do grupo de investigação do crime, o colaborador revelou que o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, preso nesta segunda-feira (24), começou a participar da elaboração do crime nos meses de agosto e setembro de 2017 até “o exaurimento do crime, leia-se, ocultação dos instrumentos utilizados na ocasião do crime como por exemplo o veículo Cobalt prata usado pelos executores naquela fatídica noite”.
O carro foi visto próximo à Casa das Pretas, na Rua dos Inválidos, na Lapa, centro do Rio de Janeiro, onde a vereadora estava participando de um encontro. O delegado disse que foi comprovada a versão sobre a vigilância do local apresentada por Élcio, ao informar que durante todo o trajeto desde a saída de casa até o centro do Rio, Ronnie estava no banco da frente do veículo, mas chegando ao local, com auxílio do Élcio, foi para o banco de trás, se equipou e permaneceu ali “fazendo a vigilância da vítima”. Além de confessar a participação no crime, Élcio apontou o também o ex-policial militar Ronnie Lessa como autor dos assassinatos. De acordo com a delação, já no bairro da zona norte, Ronnie Lessa interfonou para o irmão Dênis Lessa, na casa dele. Os dois entregaram os equipamentos utilizados no crime e Ronnie pediu a Dênis que chamasse um táxi.
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