Foto: Reprodução/ A Crítica
O governo brasileiro decidiu apoiar os Estados Unidos no projeto que visa a limitar o acesso de empresas chinesas ao mercado mundial da internet móvel de quinta geração. O anúncio foi feito pelo Ministério das Relações Exteriores, nessa terça-feira (11).
"O Brasil apoia os princípios contidos na proposta do Clean Network feita pelo EUA, inclusive na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), destinados a promover, no contexto do 5G e outras novas tecnologias, um ambiente seguro, transparente e compatível com os valores democráticos e liberdades fundamentais", afirmou o embaixador Pedro Costa e Silva, em uma cerimônia junto ao secretário para Crescimento Econômico, Energia e Meio Ambiente do Departamento de Estado dos EUA, Keith Krach.
Segundo informações do G1, o projeto em questão conta com a adesão de países da Europa e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que é a principal aliança militar dos Estados Unidos.
No Brasil, a expectativa é de que os leilões do 5G ocorram em 2021, mas o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que a decisão caberá apenas a ele e não vai ter "ninguém dando palpite". Em tese, essa definição é de responsabilidade da Anatel, que, como lembra o portal, possui "independência administrativa, ausência de subordinação hierárquica, mandato fixo, estabilidade de seus dirigentes e autonomia financeira", conforme diz a Lei Geral de Telecomunicações.
O assunto passa a ser de competência da Presidência da República quando entram em discussão questões como segurança nacional, espionagem e privacidade de dados. É em relação a isso que o governo americano levanta suspeição sobre as empresas chinesas. De acordo com o site do Departamento de Estado do país, o Clean Network é um programa do governo Donald Trump para proteger norte-americanos de "invasões agressivas de atores malignos, como o Partido Comunista Chinês".
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