Esperança para pessoas com lesões nos nervos e em ossos. Pesquisadores da Mayo Clinic, nos Estados Unidos, desenvolveram um biomaterial capaz de recrutar células do corpo para ajudar na recuperação, ou seja, pra restaurar nervos e ossos lesionados.
A descoberta poderá ajudar pessoas que têm dificuldade para realizar atividades do dia a dia e ajudar o corpo delas a se curar sozinho das lesões.
A professora de engenharia biomédica e ortopedia da instituição Lichun Lu disse que o tecido funciona como uma estrutura para o tecido se regenerar.
“Dependendo dos tipos de células usadas (células-tronco ou células progenitoras) e estímulos dados a elas (químico, molecular, mecânico etc.), é possível regenerar praticamente qualquer tipo de tecido no corpo”, afirmou Lichun Lu em entrevista ao Metrópoles.
Como
“A hipótese para este trabalho é que esses biomateriais serão capazes de funcionar como andaimes para as células se fixarem, uma vez que estejam no corpo humano, para que possam suportar a regeneração dos tecidos. Ao mesmo tempo, eles se degradarão de forma controlada e desaparecerão no final do processo e deixarão tecido vivo completamente natural no lugar”, afirmou a pesquisadora ao GMToday.
A equipe dela já conseguiu, por exemplo, criar um nervo com capacidade de conduzir sinais elétricos para o cérebro e também um suporte de osso artificial capaz de integrar novos vasos sanguíneos.
No futuro, os pesquisadores esperam que a tecnologia possa ser usada para restaurar a comunicação entre o cérebro e o resto do corpo em pessoas com lesões na medula espinhal.
O estudo sobre o tema ainda não acabou e os cientistas já pensam em evoluir os trabalhos.
“Os próximos passos da pesquisa seriam regenerar tecidos multiestruturados e multifuncionais, como enxertos ósseos vascularizados e inervados. O primeiro uso em humanos dependerá da complexidade da construção”.
A expectativa é testar a descoberta em humanos daqui a três anos.
“Tubos nervosos simples já foram testados em ensaios clínicos, mas construções que incorporam células, moléculas bioativas e sinais elétricos provavelmente levariam mais três anos antes de serem testados em seres humanos”, concluiu Lichun Lu. Com informações do Metrópoles e GMToday
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