Cientistas no mundo inteiro correm contra o tempo para encontrar uma vacina para prevenir a Covid-19. Agora foi a vez do laboratório Pfizer anunciar que funcionaram os primeiros testes em humanos da vacina produzida por eles e pela biotecnologia BioNTech.
A vacina estimulou a resposta imune dos pacientes saudáveis, ou seja, foi capaz de gerar anticorpos contra a covid-19 e, em alguns deles, neutralizou o vírus, o que pode significar que é capaz de deter o funcionamento do novo coronavírus.
A novidade foi divulgada no site Medrxiv, principal distribuidor de descobertas científicas que ainda não foram revisadas por pares. Os resultados ainda não foram publicados em jornais científicos.
Novos estudos
Depois desses primeiros resultados, a Pfizer informou que vai ampliar os estudos em breve.
As próximas fases do teste serão focadas nos Estados Unidos.
Se tudo der certo, a companhia anunciou que pretende produzir até 100 milhões de doses da vacina até o final deste ano e mais 1,2 bilhão até o final de 2021.
Com os resultados positivos, a Pfizer viu as ações da empresa subirem mais de 4% na bolsa americana.
O estudo
O estudo foi randômico e testado em 45 voluntários que receberam três doses da vacina ou placebo.
Destes, 12 receberam uma dose de 10 microgramas, outros 12 tomaram 30 microgramas, mais 12 receberam uma dose de 100 microgramas e nove foram tratados com a versão em placebo da vacina.
A dose mais alta, de 100 microgramas, causou febre em metade dos participantes do teste — por conta dos efeitos colaterais, o grupo não recebeu uma segunda dose.
Depois de uma segunda dose da injeção três semanas depois da primeira, 8,3% dos participantes do grupo de 10 microgramas e 75% do grupo de 30 microgramas também tiveram febre.
Além da febre, outro sintoma apresentado foi distúrbio de sono.
Mas os pesquisadores não consideraram sérios esses efeitos colaterais, por não resultarem em hospitalizações.
Outras vacinas
Enquanto a vacina da Pfizer passa pelos primeiros testes em humanos, outras três estão em estágio mais adiantado.
É o caso do imunizante da Universidade Cambridge com o laboratório Moderna – que entrará na fase 3 de testes nos Estados Unidos -, da vacina Universidade de Oxford em parceria com a AstraZeneca – que está em testes no Brasil e outros países – e a do laboratório Sinovac – batizada de Coronavac – o mesmo laboratório que fechou parceria com o governo de São Paulo para a terceira fase de testes com 9.000 pessoas. Com informações do Medrxiv, Exame e SNB
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