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sábado, 11 de julho de 2020

Presidente das Filipinas diz que país não pode reabrir como Brasil e EUA fizeram

Foto: Reprodução / G1
O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, afirmou na última quarta-feira (8), que o governo local deve manter a reabertura das atividades econômicas em um ritmo diferente do adotado por Brasil e Estados Unidos.

Para o filipino, os dois países mais atingidos pela pandemia de novo coronavírus reabriram de maneira desenfreada — algo que o arquipélago asiático não tem condições de arcar. "Nós somos pobres, não podemos nos arriscar", disse Duterte, em pronunciamento, de acordo com o G1.

"Os presidentes [de EUA e Brasil] são até corajosos, Bolsonaro tem dinheiro. Ele é como Trump e tem uma atitude 'o diabo que o carregue'", afirmou.

EUA e Brasil são, respectivamente, os países mais afetados pelo novo coronavírus, em números absolutos. Mesmo assim, nenhum dos dois governos adotou o fechamento total das atividades — medida conhecida como lockdown —, e alguns estados iniciaram a reabertura mesmo com os casos de Covid-19 em alta.

Duterte enfatizou que os cuidados contra o contágio da Covid-19 devem se manter para que o país não viva uma nova onda da doença. As Filipinas registram mais de 51 mil casos acumulados desde o início da pandemia, e o número de mortes pelo novo coronavírus chegou a 1.314, segundo monitoramento da Universidade Johns Hopkins nesta quinta-feira.

Desde o fim de maio, com a queda no número de casos, as Filipinas iniciaram processo de reabertura lenta e gradual. Porém, o governo Duterte insiste que as medidas de isolamento e higiene ainda sejam adotadas.

"Peço que todos obedeçam o governo porque o governo tem muito interesse que vocês não fiquem doentes. Ou, se ficarem, que vocês vão ficar bem e estar vivos para crescer, ver seus filhos crescerem e ter seus netos para amarem", afirmou, segundo o jornal "Manila Bulletin".

Em abril, Duterte mandou "atirar para matar" em pessoas que desrespeitam as medidas de isolamento social nas Filipinas. "Em vez de causar problemas, eu vou enterrá-lo", declarou o presidente, em pronunciamento televisionado.

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