O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, disse nesta terça-feira (30) que a estatal espera a adesão de mais de 9 mil funcionários no programa de demissão voluntária (PDV) em curso. Segundo ele, a companhia aumentou os benefícios no programa e estima que a maior parte dos funcionários deve sair neste ano, e “uma parcela secundária no ano que vem”.
“Custo de pessoal é um problema na Petrobras. Temos desvantagem em relação aos competidores. E a saída de pessoas diante desse novo cenário nos ajuda a ser competitivos mesmo com preços baixos [do petróleo]”, disse Castello Branco, em evento online da Amcham Rio, de acordo com a Agência Brasil.
Segundo o executivo, diante do cenário desafiador para o setor do petróleo e para a economia global imposta pela pandemia da covid-19, a empresa iniciou uma campanha de redução dos custos, com a diminuição dos investimentos de US$ 12 bilhões para US$ 8,5 bilhões este ano, entre outras medidas.
Ele também destacou que a Petrobras ocupava 23 prédios em 2018. Em 2019, o número caiu para 17 e, em 2021, a empresa vai ocupar oito edifícios. “Não só pela redução do número de empregados e terceirizados, mas também com a utilização do homeoffice. Nosso plano é voltar com metade dos empregados das áreas administrativas trabalhando em homeoffice”, afirmou.
Em relação ao mercado de petróleo, Castello Branco disse que a demanda global pelo produto caiu 25% em abril.
“Com o relaxamento das medidas de distanciamento e o início de recuperação da China, a demanda melhorou um pouco. Os preços do barril do petróleo se estabilizaram em torno de US$ 40, mas, nem por isso, podemos nos dar por satisfeitos achando que o pior já passou e agora o céu é azul. De maneira nenhuma. Porque nós temos em marcha uma recessão global. A última estimativa do Fundo Monetário Internacional é de uma contração de 4,9% no PIB [Produto Interno Bruto] global”, finalizou.
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