Foto: Reprodução / G1
Uma família solicitou a uma agência de babás, de Belo Horizonte, uma funcionária infectada com coronavírus ou que tivesse sido infectada pela Covid-19 em algum momento.
Segundo a mensagem enviada à empresa Laura Orsini, o motivo seria que todas as pessoas da casa, incluindo três crianças, estavam com a doença.
Na avaliação do advogado trabalhista Antônio Queiroz Júnior ao G1, este critério de seleção já sugere um caráter discriminatório. Além disso, destaca o especialista, o contratante coloca em risco a saúde do trabalhador, porque não há estudos sobre a imunidade após a infecção pela Covid-19. A contratação não foi efetivada.
O infectologista Carlos Starling reforça que ainda não há estudos que comprovem que a pessoa fica imune após ter tido o novo coronavírus.
"O ideal é não trazer ninguém diferente para dentro de casa, a não ser em situações de urgência. Neste momento, o mais seguro é, de fato, o isolamento social e o distanciamento quando for possível", explicou à reportagem.
A empresa de recrutamento de babás informou, em nota, que no caso de contratação, o isolamento seria respeitado, já que a família buscaria a profissional em casa e a levaria de volta para casa. E que a exigência por ser alguém positivo, assintomático ou que estivesse com sintomas leves, é que o quadro de saúde, segundo a empresa, não impediria a pessoa de ter seu trabalho executado normalmente, apenas dentro deste ambiente com pessoas com mesma situação de saúde.
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