“Negras que Movem” é o elemento chave de uma campanha que já apoia dezenas de profissionais negras de todo o Brasil e utiliza as redes sociais como meio de divulgação dos trabalhos realizados por elas. A iniciativa, que neste momento tem como uma das coordenadoras a publicitária baiana Luciane Reis, reúne em uma página no Instagram profissionais negras das áreas de psicologia, marketing, gestão pública, comunicação e outras.
Inspirada na atriz Taís Araújo, que mobilizou sua rede pessoal para promover mulheres negras empreendedoras, a campanha tem por objetivo o fortalecimento da “representatividade”, além de abrir campos de negócios para as mulheres participantes.
“Nós vimos a publicação que Taís Araújo fez nas redes sociais homenageando a atriz Isabel Fillardis e percebemos como isso ganhou força. Muitas atrizes negras entraram na campanha e também falaram sobre a importância de Isabel e da própria Taís em suas trajetórias. Então, pensamos: por que não criarmos essa rede e mostrarmos mulheres negras que estão por aí movendo diversas áreas profissionais. Explica Luciane Reis, criadora do canal “Mercafro”. Luciane divide a coordenação do “Negras que Movem” com a designer pernambucana, Taís Nascimento, e com a marketeira digital paranaense, Vitorí da Silva.
No perfil @negrasquemovem são compartilhadas as histórias das profissionais, além de formas de estabelecer contato. A proposta, de acordo com o grupo, é viabilizar as possíveis parcerias e aumentar as possibilidades de negócios.
A rede que chega à plataforma digital é integrada por mulheres do Programa Marielle Franco, promovido pelo Fundo Baobá para a Equidade Racial. “O programa busca acelerar o desenvolvimento de lideranças femininas negras. Muitas de nós não nos conhecemos pessoalmente, já que é um grupo nacional, mas sentimos a necessidade de compartilhar nossas histórias e assim incentivar mais mulheres a se enxergarem em profissões que muitas vezes ainda são mais ocupadas por pessoas brancas”, comenta Taís Nascimento.
“Começamos com 26 mulheres, mas sabemos o potencial que podemos alcançar, justamente por sabermos que somos milhares de mulheres negras movendo o país. Queremos contar essas histórias e queremos que elas se multipliquem cada vez mais”, destaca Vitorí da Silva.
Por se tratar de um movimento coletivo, a ideia é que nos próximos meses outras integrantes estejam à frente da coordenação do projeto.
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