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quarta-feira, 8 de julho de 2020

Bolsonaro reconhece benefício das medidas de isolamento adotadas por governadores

por Ailma Teixeira
Foto: Agência Brasil
Crítico às ações em prol do isolamento social, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) admitiu que elas contribuíram para que o poder público tivesse tempo de equipar o sistema de saúde e retardar a disseminação do novo coronavírus. Diversas cidades do país, inclusive Salvador, suspenderam o comércio, aulas e outras atividades não essenciais para que as pessoas evitassem sair de casa e, com isso, a taxa de transmissão do vírus fosse reduzida.

"Todas as medidas de isolamento adotadas por governadores e prefeitos sempre visaram retardar o contágio enquanto os hospitais se preparavam para receber respiradores e leitos de UTIs", compartilhou Bolsonaro em seu Twitter, na manhã desta quarta-feira (8). A postagem foi seguida de outras que destacam o papel do governo federal no combate à pandemia, como a criação do auxílio emergencial, destinado a trabalhadores informais.

O isolamento social é recomendado pelas autoridades de saúde como forma de conter a rápida disseminação da doença, mas o presidente sempre defendeu a flexibilização dessas medidas e costuma responsabilizar governos estaduais e municipais pelos impactos da Covid-19 no setor econômico. Além disso, em várias oportunidades, Bolsonaro provocou aglomerações, a exemplo de passeios em Brasília, encontros com apoiadores na entrada do Palácio do Alvorada e participação em protestos antidemocráticos. Outra situação recente aconteceu nessa terça-feira (7), quando ele convocou uma coletiva de imprensa presencial para confirmar que testou positivo para o coronavírus.

Em abril, o presidente editou ainda uma Medida Provisória (MP 926/20) que definia a competência do governo federal sobre serviços essenciais e a circulação interestadual e intermunicipal, já que esse transporte havia sido bloqueado em alguns estados do país. Mas o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que governadores e prefeitos tinham autonomia para decidir sobre medidas restritivas (saiba mais aqui). Desde então, Bolsonaro diz que a Corte transformou esses atos em privativos, mesmo que a decisão não isente entes federativos de responsabilidade (veja aqui).

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