O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) abriu novo procedimento para apurar denúncias de uso de funcionários fantasmas e sobre a prática da “rachadinha” (devolução de parte do salário para o deputado) no gabinete de Flávio Bolsonaro durante seus mandatos de deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
Segundo reportagem do jornal O Globo, o novo procedimento tramita em segredo de justiça e teve início em setembro, sem relação com o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que apontou movimentação atípica de R$ 1,2 milhão na conta de Fabrício Queiroz, ex-assessor e “faz tudo” de Flávio.
A nova apuração se baseia justamente em denúncias feitas pelo Globo sobre parentes de Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher de Jair Bolsonaro, que apareciam como assessores de Flávio na Alerj. A maioria, porém, sempre morou em Resende, no sul do estado. Essa nova investigação, na área cível, investiga os ex-assessores e o hoje senador Flávio Bolsonaro por improbidade administrativa.
Entre os alvos, estão:
– Andrea Siqueira Valle, conhecida por participar de concursos de fisiculturismo, mas que constou como assessora de Flávio de 2008 até 2018;
– Francisco Diniz, veterinário que, embora tenha começado a cursar faculdade de Medicina Veterinária em 2005 a 140 quilômetros do Rio, recebia salário bruto superior a R$ 7 mil no gabinete de Flávio. Ele só foi exonerado em fevereiro de 2017;
– Márcia Salgado de Oliveira, que aparecia como funcionária de Flávio entre 2003 e fevereiro deste ano. Em 2014, entretanto, em um processo no Juizado Especial da Comarca de Mesquita, na Baixada Fluminense, disse que sua ocupação era “do lar”.
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