O deputado federal Eduardo Bolsonaro, líder do PSL na Câmara, disse nesta quarta-feira, 6, que cada parlamentar deve responder por sua "falta individual", em referência às reportagens do jornal O Estado de S. Paulo que revelaram que políticos do partido do presidente da República contrataram empresas que não existem nos endereços informados nas notas fiscais.
O Estado também mostrou, em reportagem publicada na última segunda-feira, que deputados do PSL têm contratado consultoria de advogados particulares com dinheiro da cota parlamentar.
Ao sair de uma audiência na Comissão de Segurança Pública, Eduardo foi questionado pela reportagem sobre o gasto da verba de gabinete com empresas "fantasmas". "Cada parlamentar que responda por sua falta individual", afirmou o deputado.
Em seguida, o líder do PSL da Câmara manifestou apoio à fiscalização dos gastos públicos por parte da imprensa. "Tem o Portal da Transparência. A imprensa cumpre o papel dela de fiscalizar e fazer o controle. Ninguém gosta de ser controlado, não é? Mas são os parlamentares que têm que dar as explicações."
O Estado mostrou que 20 dos 53 deputados do PSL emitiram notas em nomes de empresas que não existem nos endereços informados. São negócios que informam funcionar em estabelecimentos como lava jato, salão de beleza, escritórios de contabilidade e endereços que nem sequer existem de fato.
Eleitos com o discurso de renovação política, parlamentares da bancada também gastaram R$ 423 mil emitindo notas fiscais em nome de escritórios de advocacia que defendem eles próprios em processos atuais ou recentes, conforme consultas feitas pela reportagem nos Tribunais de Justiça de seus respectivos estados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário