por Gabriel Rios / BN
Sem vencer há oito partidas no Campeonato Brasileiro, o trabalho de Roger Machado no Bahia passa a ser contestado por alguns torcedores. Porém, apesar da tradição no Brasil ser de demitir treinadores, o presidente Guilherme Bellintani garantiu a permanência do treinador e afirmou que o mesmo trabalha em conjunto com a diretoria para projetar a próxima temporada.
“O Roger permanece com a gente em 2020. Ele discute conjuntamente com a gente os erros. O bom de ter alguém como Roger, é olhar dentro do olho e poder conversar o que errou. A gente coloca tudo sempre na mesa. Todos os projetos que vivi na minha carreira eu gosto de colocar todo mundo na mesa, de discutir quem e como errou, e como melhorar. O Bahia hoje é um clube que tem participação de todo mundo. Os jogadores estão sendo cobrados, mas não posso dizer que eles não estão se dedicando, porque eu estaria errado. A doença do Bahia não é falta de foco, como se os jogadores fossem malandros. A doença do Bahia é o descontrole emocional. O Roger segue em 2020. É um treinador que se envolve no clube, com muita experiência dentro e fora do campo”, declarou Bellintani em entrevista ao programa do Esquadrão, na Rádio Sociedade.
Projetando a próxima temporada, o mandatário Tricolor revelou que o Esquadrão terá um investimento maior no futebol em 2020, mas que não fará loucuras, para que acabe deixando dívidas. Ele ainda afirmou que o time B será utilizado no início da temporada, para que o time principal não sofra tanto com o pesado calendário brasileiro.
“Vamos aumentar entre 10% e 20% o investimento no futebol. Teremos um time com maior investimento, mas a torcida não espere que o Bahia fará investimentos altos para não conseguir pagar a conta. Isso para mim é enfiar o clube no precipício, para se afundar em dívidas. Não vou fazer isso com o clube que eu amo. Não foi esse o projeto que me elegeu. Vamos investindo um pouco mais no futebol, assim como pretendemos errar menos, para que tenhamos um 2020 ainda mais competitivo”, projetou Bellintani.
“O Bahia é o único time na Série A que joga cinco campeonatos. Temos a Copa do Nordeste, então durante dois anos seguidos estivemos no top-5 que mais jogou na temporada. Em 2020, teremos um time melhor do que em 2019, mas ainda não será como a gente quer. Temos que ter um time B mais fortalecido para liberar calendário no time A, analisar quem pode ser aproveitado no time A e ter ganho esportivo com títulos nas competições. Não será um time inteiro originário da base. A gente contrata e faz um time mesclado com a base para montar o time B. Estamos analisando para saber em quais jogos faremos esse rodízio. Só dois jogadores chegaram para o time B e não precisaram nem atuar, que foram Flávio e Gregore. Esperamos que nesse ano também aconteça isso”, completou o presidente.
Buscando se recuperar no certame nacional, o Esquadrão volta a campo nesta quarta-feira (27), às 21h, na Arena Fonte Nova, quando recebe o Atlético-MG. O clube ocupa a 10ª colocação, com 44 pontos conquistados.
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