por Lucas Arraz / Jade Coelho
O número de cesáreas realizadas na Bahia apresentou um crescimento de 18% desde 2010, com um índice de 44% no último ano, conforme dados da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab). O número deixa o estado abaixo da média nacional que é de 57%, mas distante do considerado ideal e recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) que é de até 15%.
O tema voltou à pauta estadual desde a apresentação de um projeto de Lei pela deputada estadual Talita Oliveira (PSL), que garante as gestantes baianas a possibilidade de optar pela cesárea no sistema público do estado. O texto exclui a necessidade de indicação clínica e exige que a gestante esteja na 39º semana para escolher passar pelo processo (entenda melhor aqui). Na opinião de deputadas estaduais ouvidas pelo Bahia Notícias, a proposta pode aumentar o número de operações no estado (veja aqui).
A nível mundial, o Brasil ocupa o segundo lugar no mundo em número de cesarianas e há um movimento das entidades de saúde no intuito de reduzir o índice registrado no país. Movimento esse que vai de encontro ao projeto da deputada baiana, espelhado em um texto que tramita na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) a partir de apresentação da correligionária de Talita, a deputada Janaina Paschoal (PSL).
Entre 2010 e 2018 o índice de partos vaginais na Bahia apresentou redução de 10,9%. No ano passado, dos 205.167 partos realizados, 55,1% foram vaginais de acordo com a Sesab. Em 2010, do total de 212.546 partos, 61,2% foram vaginais.
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