Cientistas da Agência Espacial dos Estados Unidos (Nasa) descobriram mais uma evidência que pode haver vida em Marte, após o veículo Curiosity identificar uma grande quantidade de metano dispersa na atmosfera do planeta.
Produzido normalmente por seres vivos, o gás sugere micróbios vivem no planeta. A descoberta, feita durante uma medição no planeta vermelho realizada na quarta-feira (19) foi divulgada pelo jornal norte-americano The New York Times neste sábado (22).
Na Terra, organismos conhecidos como metanogênicos prosperam em lugares sem oxigênio, como rochas subterrâneas profundas e tratos digestivos de animais, e liberam metano como resíduo.
Contudo, conforme explicam os cientistas, reações geotérmicas, não biológicas, também podem gerar o gás. Com isso, também é possível que ele tenha ficado retido dentro de Marte por milhões de anos, tendo escapado apenas agora, por meio de rachaduras.
Ao chegar em Marte, em 2012, o Curiosity procurou por metano e não encontrou nada. Depois, no ano seguinte, foi detectado um pico repentino, de até 7 partes por bilhão, que durou pelo menos dois meses. A medição desta semana encontrou 21 partes por bilhão de metano, ou seja, três vezes o pico registrado de 2013.
“Diante desse resultado tão surpreendente, estamos realizando um experimento de acompanhamento neste final de semana”, afirmou Ashwin R. Vasavada, cientista à frente do projeto, em e-mail obtido pelo NYT. Com informações do Estado de S. Paulo
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