Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Nos últimos anos, algumas doenças que já haviam sido eliminadas em diversas partes do mundo começaram a ressurgir. O motivo para esse fenômeno é a desconfiança na eficiência e segurança dos imunizantes.
O problema é maior em países desenvolvidos, como França, Japão e Estados Unidos. Surpreendentemente, pesquisa divulgada nesta quarta-feira indica que o Brasil está andando na contramão: 97% dos brasileiros acreditam na importância da vacinação infantil como forma de prevenir doenças.
A pesquisa, conduzida pela Wellcome Global Monitor, ainda revelou que 80% da população afirma acreditar que as vacinas são seguras. Os números encontrados no Brasil são superiores à média global (92% para a importância da imunização e 79% para segurança).
Entre as regiões com os menores percentuais estão a Europa e o leste da Ásia. No Japão, por exemplo, apenas 34% dos japoneses confiam na segurança das vacinas e, por causa disso, o país vive o pior surto de sarampo da última década.
De acordo com a Veja, embora os brasileiros apoiem a vacinação infantil, quando o assunto é confiança na eficácia da vacina, o Brasil está abaixo da média global (84%): apenas 81% concordam que elas realmente funcionam.
Essa porcentagem está entre as menores da América do Sul: na Venezuela, por exemplo, a crença na eficiência é de 94%. Números mais altos foram encontrados também no México (91%), na Argentina (89%) e na Colômbia (82%).
Entre os vizinhos latinos, as menores taxas de confiabilidade foram registradas no Uruguai (75%) e no Peru (70%). Por causa da crescente desconfiança, a Organização Mundial da Saúde (OMS) colocou a “hesitação vacinal” entre as dez maiores ameaças à saúde global.
De acordo com a entidade, a vacinação é capaz de salvar mais de 3 milhões de vidas por ano. Além disso, não há motivos para desconfiança, já que há diversas evidências científicas que comprovam a segurança e eficácia da imunização na prevenção de doenças.
Nenhum comentário:
Postar um comentário