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quinta-feira, 8 de novembro de 2018

MP-BA discute baixo fluxo em rede de serviços e queixas de país por falta de atendimento

Foto: Divulgação
O Ministério Público da Bahia (MP-BA), em parceria com diversos órgãos e entidades, realiza na sexta-feira (9) um encontro para debater os cuidados necessários a crianças com microcefalia. O encontro será realizado para dar maior visibilidade a rede de serviços de atendimento voltados para as crianças acometidas com a doença e suas famílias. A rede foi estruturada para atender a população de Salvador, mas realiza poucos atendimentos por desconhecimento da maior parte da população que poderia ser beneficiada com os serviços.

O Multicentro, localizado na Avenida Carlos Gomes, tem estrutura e profissionais capacitados para atender crianças com microcefalia, mas a demanda é tão baixa que, para não ficarem ociosos, os fisioterapeutas estão atendendo pacientes adultos. De acordo com informações da Prefeitura de Salvador, que gerencia o Sistema Vida, a neuropediatria infantil teve sua carga horária de vinte horas reduzida por conta do baixo fluxo de atendimento. Por outro lado, um grupo de mães com filhos que têm microcefalia se queixou recentemente ao Ministério Público da dificuldade de encontrar esses profissionais. Elas tentam agendar e encontrar vagas para atendimentos de fisioterapia, neuropediatria, fonoaudiologia e terapia ocupacional. 

A questão será debatida no encontro, que contará com a participação da prefeitura, do Governo da Bahia, do Hospital Sarah e da ONG Abraço. O evento será realizado das 8h às 18h, na sede do MP, em Nazaré. No encontro, os participantes apresentarão os serviços disponibilizados às crianças portadoras da síndrome congênita e explicarão o funcionamento da rede. Segundo o promotor de Justiça Carlos Martheo Guanaes Gomes, as dificuldades a serem sanadas não se limitam ao desconhecimento dos serviços ofertados, chegam à oferta de remédios. A Câmara de Conciliação de Medicamentos, por exemplo, é desconhecida da maioria dos pais. “A sociedade precisa entender a complexidade do combate ao zika vírus, que vai além da questão da saúde, contemplando assistência social e educação. São crianças que estão chegando na idade escolar e que possuem uma acentuada vulnerabilidade social”, afirma o promotor.

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