Inconformado por não ter sido convidado até agora para ocupar um ministério no governo Bolsonaro – qualquer um, pouco lhe importa – , o senador derrotado na última eleição Magno Malta (PR-ES) encontrou quem culpar por sua desdita: o deputado reeleito Onyx Lorenzoni (DEM-RS), futuro chefe da Casa Civil da presidência da República.
Por ora, não convidem os dois para a mesma mesa – embora seja isso o que Malta mais deseja. O senador fala mal do deputado sempre que algum colega o encontra no Congresso e pergunta por que o presidente eleito ainda não lhe garantiu um novo emprego. Malta é amigo de Bolsonaro, seu puxador de rezas, mas tem um problema: o passado.
Em 2010, quando presidia a CPI da Pedofolia no Senado, Malta despontou para a fama ao prender durante uma audiência um pai a quem acusava de ter estuprado a próprio filha de dois anos de idade. O cobrador de ônibus Luiz Alves de Lima passou nove meses preso, foi barbaramente torturado pela polícia de Vitória e ficou cego de um olho.
Só depois do sétimo mês de prisão foi que a polícia examinou a criança para confirmar o crime imputado a Alves de Lima. A perícia constatou que não houvera abuso algum. A justiça arquivou o inquérito. O cobrador está desempregado até hoje e processa Malta. (Foto: Jonas Pereira/Agência Senado)
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