Foto: Embrapa
Pesquisadores do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (IB-Unicamp) constataram que o extrato da casca da jabuticaba foi capaz de combater o pré-diabetes e o aumento do acúmulo de gordura no fígado em camundongos envelhecidos. O extrato da casca da fruta nativa da Mata Atlântica foi desenvolvido em uma parceria com a Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Unicamp.
“Observamos que a ingestão do extrato da casca da jabuticaba por camundongos envelhecidos, submetidos a uma dieta com alto teor de gordura, também causou a diminuição no ganho de peso e da dislipidemia [aumento de gordura no sangue] e da hiperglicemia [excesso de glicose no sangue] e melhorou o HDL [colesterol bom] dos animais, entre outros benefícios”, afirmou Valéria Helena Alves Cagnon Quitete, professora do IB-Unicamp e coordenadora do projeto, à Agência Fapesp.
Os pesquisadores fizeram um experimento com camundongos em processo de envelhecimento, a fim de avaliar o limite da dose de extrato da casca de jabuticaba que pode ser consumida para promover os efeitos benéficos desejados e se uma dose alta do composto amplificaria os efeitos.
O envelhecimento está diretamente associado à redução da capacidade metabólica e alterações do metabolismo hepático, glicídico e lipídico. Durante o processo, há uma deficiência de controle do nível de glicose no sangue, um aumento da deposição de triglicerídeos no fígado e desequilíbrio hormonal. Além disso, é comum os idosos apresentarem dislipidemia, hiperinsulinemia, diabetes e doenças cardiovasculares.
Para elevar os danos do envelhecimento, os camundongos foram alimentados com ração rica em gordura para promover ganho de peso, aumentar a gordura no fígado, estimular o aumento de gordura no sangue e aumentar os níveis de glicose.
As análises mostraram que a dieta impediu o ganho de peso e o processo inflamatório e favoreceu uma melhoria na morfologia do fígado. Agora, os pesquisadores estudam o uso do extrato da casa de jabuticaba no atraso da progressão do câncer de próstata em camundongos transgênicos. Os resultados preliminares mostraram diminuição das lesões.
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