A tal Janela Partidária que permite a parlamentares trocar de legenda partido sem correr risco de perder o mandato, cujo prazo expirou na última sexta-feira, serve como prova da necessidade de uma completa reforma política.
Para um partido solicitar seu registro ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é necessário que junte seu estatuto e programa, uma síntese daquilo que pretende que seja defendido por aqueles que através dele seja eleito.
Desta forma, é difícil entender como um parlamentar possa trocar de legenda a cada quatro anos. Na Câmara, quase 60 deputados mudaram de legenda.
Mudaram de convicção do programa que defendiam? Não é nada disso.
O maior interesse está nos recursos do Fundo Partidário - que é originário de dinheiro público - que o novo partido lhe dará para financiar sua campanha.
De 2015, quando tomaram posse, o PT, por causa do péssimo momento que vive, perdeu 12 deputados, enquanto o PMDB, partido do presidente Michel Temer, ficou com menos 8, certamente por causa do baixo índice de aprovação de seu governo.
O partido que mais cresceu foi o PP, que deu um salto de 28 para 54 representantes.
Para mais justificar a necessidade da reforma é vergonhoso que deputados de legendas nanicas estejam sendo na verdade comprados para que o número de parlamentares sirva para aumentar o tempo no horário da propaganda obrigatória na TV.
Parafraseando o falecido apresentador Boris Casoy, só nos resta dizer: "Isto é uma vergonha!" por Airton Leitão
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