Foto: Beto Barata/PR
Uma reportagem do jornal Folha de S. Paulo mostra que o governo do presidente Michel Temer tem fechado os olhos para as medidas que elevam as despesas, além disso, não avança no Congresso com projetos que melhorariam a arrecadação e ainda age pela retomada de empréstimos suspensos da Caixa, o que levará à ampliação de despesas de estados e municípios já endividados. Ainda de acordo com a publicação, o governo também afrouxou a defesa de medidas do pacote de ajuste fiscal, o que já criou controvérsias com a equipe econômica. Considerando o que vai sair a mais e o que não vai entrar no caixa público como um todo, as manobras envolvem mais de R$ 50 bilhões. Para piorar, a União deve aumentar a despesa da ordem de R$ 5,1 bilhões com o reajuste para servidores e de outros R$ 725 milhões em verbas a funcionários públicos que hoje fazem estourar o teto remuneratório. Temer tentava adiar o reajuste para janeiro de 2019 e impor o cumprimento do teto neste ano. O governo deixou expirar o prazo de validade da medida provisória que tributaria os fundos de investimentos individuais exclusivos, o que teria impacto positivo de R$ 6 bilhões na arrecadação de 2019. Além disso, deixou em ponto morto a reoneração da folha de pagamento na Câmara. O projeto foi desidratado pelo relator Orlando Silva (PCdoB-SP), e a economia prevista de R$ 8,9 bilhões já sofreu corte de pelo menos 30% só com o atraso no cronograma. A resistência do funcionalismo público também sepultou o reajuste da contribuição previdenciária de 11% para 14%, além da reestruturação das carreiras que previa um salário inicial menor para servidores federais do Executivo, de R$ 5.000. (M1)
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