Jeremias Wernek e Vinicius Castro**Do UOL, em Porto Alegre e no Rio de Janeiro
LUCAS UEBEL/GREMIO FBPA
Renato Gaúcho. Só ele é capaz de agradar a todos no Flamengo. Em busca de um técnico para substituir Paulo César Carpegiani, o Rubro-negro trabalha em sigilo no mercado. O atual treinador do Grêmio é o nome de consenso entre os dirigentes cariocas, segundo apuração do UOL Esporte. O autêntico sonho de consumo da administração Bandeira de Mello, que estuda apresentar uma proposta ao profissional.
O Grêmio mantém a tranquilidade. A aposta está no bom ambiente, histórico de títulos e perspectiva de mais conquistas em 2018 para manter Renato. No Rio, um lobby está em curso nos bastidores da Gávea para que a direção de futebol não meça esforços e tente a contratação. Renato foi procurado no ano passado e negou a investida rubro-negra por conta dos compromissos com o Tricolor.
No Flamengo, há quem acredite que ele não recusaria o convite pela segunda vez consecutiva, principalmente se confirmar o título gaúcho no próximo domingo (8). Até o momento, porém, a diretoria não entrou em negociação com ele e nenhum outro profissional. O auxiliar Maurício Barbieri e Cuca enfrentam resistência nos bastidores.
O atual campeão da Libertadores é o favorito de dez entre dez cartolas do Flamengo. Renato nunca escondeu a vontade de dirigir o clube e certamente balançaria com uma nova proposta. Os valores precisariam ser altos e principalmente: um contrato longo. Hoje, o Rubro-negro pode oferecer vínculo de apenas oito meses - em virtude da eleição presidencial em dezembro.
O Flamengo espera resolver a questão até o fim da semana. Mas, se decidir apostar todas as fichas no técnico do Grêmio, o processo será mais longo.
Em Porto Alegre, o Tricolor mantém o cenário sob observação. Desde a demissão de Carpegiani, o clube monitora a situação e garante não ter recebido nenhuma informação ou elemento para maior preocupação. Há ceticismo sobre saída.
A diretoria do Grêmio mantém diálogo franco com Renato Gaúcho e no contrato não há multa rescisória. O acordo entre treinador e clube prevê apenas o pagamento de mais um salário, além do mês corrente, em caso de rompimento do vínculo.
Mais do que o valor, o Tricolor aposta no ambiente para não temer a saída de seu treinador. No cargo desde setembro de 2016, Renato ajudou a formar o grupo atual e principalmente: ganhou autonomia e apoio. O fato de o Flamengo estar em ano eleitoral também surge como trunfo. Na Arena, a próxima eleição ocorre no final de 2019.
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