Ricardo Brandt e Pedro Venceslau, em Curitiba**do Estadão Conteúdo**Suamy Beydoun/AGIF
Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chega à superintendência da Polícia Federal em São Paulo
Após 48 horas de refúgio no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, de fazer o "comício" final em ato religioso e negociar o roteiro de sua prisão - estabelecendo algumas condições -, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela Operação Lava Jato, permaneceu calado e sério durante o percurso de São Bernardo do Campo (SP) até Curitiba.
O documento de rendição de Lula chegou em um envelope de papel. O ofício foi trazido por um policial federal que voou com o ex-presidente no helicóptero que aterrissou na sede da PF na noite de sábado (7).
A prisão de Lula foi o desfecho de uma tensa, desgastante e longa negociação entre policiais e emissários petistas iniciada na véspera - ainda no prazo "ofertado" pelo juiz federal Sérgio Moro para Lula se apresentar espontaneamente em Curitiba, o berço da Lava Jato, para início de cumprimento da pena por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso triplex do Guarujá (SP).
O ato oficial de rendição assinado por Lula, o mandado de prisão n.º 700004720527, data 6 de abril de 2018. Nele consta também o registro de ciência do advogado Cristiano Zanin Martins, defensor do ex-presidente e genro de Roberto Teixeira, amigo de longa data do petista.
O envelope com o documento e o exame de corpo de delito feito ainda na capital paulista foram entregues ao superintendente da PF no Paraná, Maurício Valeixo, logo depois de Lula ser visto pela última vez desembarcando do helicóptero da PF, escoltado por policiais de terno.
Aos 72 anos, o ex-presidente, que ainda buscava disputar mais um mandato no Palácio do Planalto, desceu as escadas do heliponto para desaparecer na porta que dá acesso à "sala de Estado-Maior" preparada para recebê-lo, no quarto andar do prédio - bem abaixo do heliponto. Leia mais em: https://noticias.bol.uol.com.br
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