Em seu discurso realizado na noite desta quinta-feira, 12, no ato político do acampamento de militantes em defesa da liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Curitiba, a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann criticou duramente a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), enviou para a Justiça Eleitoral de São Paulo o inquérito que investiga o ex-governador paulista e pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin.
“Teve um caso que mostra a seletividade da Justiça: Alckmin foi acusado de receber R$ 10 milhões de propina da Odebrecht. O STJ falou que era caixa 2 e devolveu para a Justiça Eleitoral. O tratamento é feito com dois pesos e duas medidas. A Justiça protege o PSDB”, disse a petista, em seu discurso. O tucano é suspeito de ter recebido doações, via caixa dois, da empreiteira Odebrecht que, somadas, chegariam a R$ 10,7 milhões durante as campanhas eleitorais de 2010 e 2014. Na prática, a decisão do STJ tira o ex-governador da mira da Lava Jato. As informações são do Estadão.
No discurso, Gleisi falou também do senador tucano Aécio Neves (MG). “Aécio foi citado gravado (em conversa com o empresário Joesley Batista, da JBS) dizendo que ia matar gente e ainda pediu dinheiro, e a Justiça liberou ele da prisão.” Hoje, o ministro Marco Aurélio Mello, do STF, recusou pedido da defesa e manteve a análise da denúncia contra o senador mineiro, na Corte Suprema, para a próxima terça-feira, 17. Além do crime de corrupção passiva, Aécio é denunciado por obstrução de Justiça, no inquérito instaurado em maio de 2017, com base na delação da JBS.
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