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segunda-feira, 23 de abril de 2018

'Fomos massacrados e acusados sem provas', afirma bispo afastado de Formosa (GO)

Teria desviado R$ 2 milhões de paróquias
José Maria Mayrink--Em Formosa (GO)**Igor Estrela/Estadão Conteúdo
Para d. José Ronaldo Ribeiro, padres armaram denúncias para se livrar dele
Foram 30 dias de prisão, a tristeza de não celebrar a missa, a rotina sem noção de tempo, a mágoa de sofrer acusações para ele injustas e, acima de tudo, humilhações que considera impensáveis, como as duas vezes em que foi obrigado a ficar quase nu, só de cueca, para a revista aos presos.

Acusado de desvio de R$ 2 milhões de recursos das 33 paróquias da diocese de Formosa (GO), d. José Ronaldo Ribeiro, 61, foi solto na terça-feira e reuniu parentes e colaboradores na capela improvisada da residência episcopal, de 15 m², para agradecer a Deus estar de volta para junto do rebanho - cerca de 400 mil pessoas, em 23 municípios.

"Fomos massacrados, acusados sem provas, com um método absurdo de condenar, prender e apurar", disse d. Ronaldo em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo", a primeira desde a prisão.

Ao seu lado estava outro acusado, o padre Thiago Wenceslau, juiz eclesiástico com doutorado na Pontifícia Universidade Lateranense, em Roma, que chegou a Formosa em um domingo e foi preso na manhã seguinte, acusado de agir com o bispo.

Padre Thiago chorou o tempo todo na missa na capelinha particular. Fez cinco dias de jejum, em sinal de protesto contra a prisão, e foi o último a ser libertado, 24 horas após a soltura de d. Ronaldo, um monsenhor, três padres e dois empresários presos na Operação Caifás, sob acusação de falsidade ideológica e desvio de dinheiro das paróquias.

D. Ronaldo saiu direto do presídio para a residência episcopal, em vez de se hospedar na Casa do Clero, para padres doentes e idosos, conforme lhe aconselharam. "Vim para cá, porque esta é minha morada. Eu ainda sou o bispo de Formosa, embora afastado", afirma.

Mas quem decidirá onde ele deve ficar é o administrador apostólico, d. Paulo Mendes Peixoto, arcebispo de Uberaba (MG), designado pelo papa Francisco para dirigir a diocese na ausência do titular. Leia mais em: https://noticias.bol.uol.com.br

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