Do UOL, em São Paulo**Cecília Bastos/USP Imagens
O relatório final da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da fosfoetanolamina, mais conhecida como pílula do câncer, apontou falhas na condução dos testes clínicos realizados pelo ICESP (Instituto do Câncer de São Paulo) para checar a segurança e a eficácia do remédio no tratamento do câncer.
O resumo do documento foi lido na Assembleia Legislativa de São Paulo, na tarde desta quarta-feira (4). O relatório pede ainda que novas pesquisas sejam feitas.
Financiada pelo governo do Estado de São Paulo, a pesquisa foi feita ao longo de oito meses e suspensa em março de 2017 por falta de "benefício clínico significativo". De 72 pacientes avaliados, apenas um, que tinha melanoma, teve melhora do quadro clínico. Foi avaliado o comportamento da substância em 10 diferentes tipos de tumor.
"A CPI pôde constatar, por meio de quase 40 testemunhos e diversos outros documentos pertinentes à investigação, que não houve a execução de um trabalho de verificação técnica acerca da viabilidade da substância", destacou o relator Ricardo Madalena (PR), que apontou falhas no protocolo do estudo, bem como a insuficiência de material, a interrupção aleatória dos testes, a falta de planejamento e o descaso diante das expectativas dos pacientes submetidos aos testes.
A Secretaria Estadual de Saúde contesta e diz que "todas as fases do estudo clínico realizados pelo Icesp foram rigorosamente baseadas em protocolos científicos internacionais, aprovados e acompanhados por diferentes instâncias".
À época, Paulo Hoff, líder da pesquisa, chegou a afirmar que o modelo do estudo (testes em grupos de 21 pacientes, com dez tipos de tumores diferentes) era o mesmo usado para qualquer novo tratamento. Leia mais em: https://noticias.bol.uol.com.br
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