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sexta-feira, 10 de novembro de 2017

PMs e agentes vendiam armas para chefes de facção em presídio do massacre de Manaus

Flávio Costa**Do UOL, em São Paulo
Reprodução/InternetNo Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim), em Manaus, objetos proibidos entravam de acordo com uma tabela de preços. Pistola com munição? De R$ 1.500 a R$ 3.000. Facões desviados da cozinha? R$ 200 por unidade. Celulares? Mesma quantia. Uma garrafa de uísque? Até R$ 1.000.

Mediante pagamentos de propina, policiais militares e agentes de ressocialização permitiram que chefes da facção criminosa FDN (Família do Norte) tivessem acesso a pistolas e facões dentro do maior presídio do Amazonas. As armas foram usadas para assassinar rivais durante o "massacre de Manaus".

As informações constam de inquérito conduzido pela força-tarefa criada pela SSP (Secretaria da Segurança Pública) do Estado para investigar a chacina de 56 presos durante a rebelião do dia 1ºde janeiro --quase metade das vítimas era filiada à facção paulista PCC (Primeiro Comando da Capital), que disputa com a FDN o controle dos presídios e das rotas de tráfico na região Norte.

"É importante ressaltar que a posse de tais armas de fogo por parte do grupo rebelado, todos membros da FDN, foi crucial para que eles atingissem o seu objetivo, qual seja a morte dos internos da facção rival e de outros internos em condições de vulnerabilidade", afirmaram, no inquérito, os delegados responsáveis pela investigação.

O UOL teve acesso exclusivo a depoimentos de detentos que revelam como funcionava o esquema de corrupção dentro do Compaj (veja fac-símile abaixo).

A investigação sobre as causas do massacre concluiu pelo indiciamento de 210 detentos e foi enviada ao Ministério Público do Amazonas.

"Por óbvio, dada a quantidade de material apreendido em poder dos rebelados, havia facilitação por parte de agentes do sistema penitenciário para o ingresso de armas de fogo, celulares, armas brancas e demais objetos de cunho proibido no referido Complexo Prisional", apontou a força-tarefa. Leia tudo em https://noticias.bol.uol.com.br

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