Esther Felden*D. Sagolj/ Reuters
Mesmo proibidos e punidos por lei, atos como estupros não são considerados crimes graves, diz Human Rights Watch
Abusos de mulheres em prisões e campos de trabalho forçados fazem parte do cotidiano na Coreia do Norte, e responsáveis jamais são punidos, afirma a Human Rights Watch.
"Minha vida estava nas mãos dele. Então eu disse e fiz tudo o que ele queria. O que mais eu deveria ter feito?", questiona uma agricultora norte-coreana que fugiu para a China e, em 2010, foi detida e enviada de volta à Coreia do Norte. O agente que a interrogou, durante a prisão preventiva na província de Hamgyong do Norte, questionou sobre suas relações sexuais com um homem chinês durante sua fuga. Ele queria saber todos os detalhes. Depois, ele agarrou a mulher e apalpou o corpo dela por baixo das roupas. Por fim, ele a estuprou várias vezes.
Esta é uma das muitas histórias que a ONG Human Rights Watch compilou. A organização de direitos humanos elabora um amplo relatório sobre violência contra a mulher nessa nação isolada: em casa ou no trabalho, mas também nos temidos campos penais e de trabalho forçados.
"Por causa da hierarquia, as mulheres correm sério risco de ser tornarem vítimas de violência e abusos", explica Heather Barr, pesquisadora responsável sobre direitos das mulheres na HRW. "Nós conversamos com ex-detentas e ex-altos funcionários do regime. Ambos os grupos relataram que estupro e outras formas de violência sexual contra prisioneiros não são considerados crimes graves, mesmo que sejam proibidos e punidos por lei." LEIA MAIS
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