Foto: Divulgação
Um estudante de medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG) admitiu que conseguiu entrar no curso depois de participar de uma fraude no Enem de 2016. Em depoimento à polícia, ele explicou que seu pai havia dado uma casa de propriedade da família como forma de pagamento pela vaga. As informações passadas pelo estudante serviram de base para a Operação Porta Fechada, deflagrada na segunda-feira (30) e que tinha como objetivo inicial apurar fraudes em um concurso para delegado substituto da Polícia Civil de Goiás. O aluno da UFG relatou que seu pai o contou sobre o acordo apenas no dia do Enem. Ele teria resistido a ideia, mas aceitou fazer parte da fraude ao saber que uma casa da família havia sido usada como pagamento. O estudante explicou que foi instruído a preencher apenas 10 questões do gabarito em cada dia do exame e escrever 10 linhas da redação. No dia seguinte às provas, ele foi levado de carro até um posto de combustível em Brasília junto com outros dois meninos e uma menina. Um homem que estava em outro veículo trouxe um envelope onde estava a redação com 10 linhas preenchidas e ele terminou o texto no local. Ainda no depoimento à Polícia Civil, o estudante contou que depois de ser aprovado ele reconheceu na sala de aula os mesmos dois meninos e a menina que também terminaram a redação no posto de combustível em Brasília. Esta semana, a Operação Porta Fechada prendeu sete pessoas e cumpriu 17 mandados de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva. O Inep informou que entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública de Goiás para obter informações sobre o caso. BN
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