O crescimento vertiginoso dos casos de corrupção praticada pelos políticos está provocando uma onda de sugestões baseadas na premissa de que principalmente os parlamentares não demonstram nenhum interesse de alterar as leis que regem o sistema eleitoral do Brasil, que reconhecidamente são a causa permanência deles no Congresso Nacional. Uma das que sempre surge às vésperas de eleições é o incentivo ao voto nulo com a absurda informação de que se mais da metade do eleitoral votar assim as eleições será anuladas e convocada outra na qual nenhum dos candidatos poderá concorrer. Engano total. Isso só acontece nas majoritárias (para presidente da República, governadores e prefeitos), onde são computados os votos nominais. O processo é reiniciado com convenções partidárias, registro de candidaturas etc. Qualquer pessoa filiada a um partido que esteja no gozo de seus direitos políticos poderá concorrer. Outro aspecto a se considerar é que uma campanha do tipo “Não reeleja ninguém” elimina as exceções (raras) que existem de bons políticos que merecem voltar aos seus cargos até para arejar a qualidade numa nova legislatura, pois exercem seus mandatos cuidando do interesse público e não dos seus próprios;
O que realmente se faz necessário é uma reforma que acabe com o voto obrigatório, que é um direito é não um dever do cidadão. Outro ponto que deve ser reivindicado é o fim das mordomias que os deputados e senadores desfrutam cujos valores muitas vezes chegam ao triplo dos altos salários que recebem. Para agravar mais ainda a revolta do povo estão as propostas de criação de um fundo bilionário com dinheiro público para custear as suas campanhas. Se quiserem se eleger, que banquem as despesas com sues próprios recursos. Quem for realmente popular e provar que irá trabalhar pelo bem da comunidade certamente receberá em troca o voto. Não há necessidade de material de propaganda luxuoso e muito disponibilidade de dinheiro proveniente de impostos para tentar comprar votos – sim, há eleitores também corruptos que votam em troca de alguma “ajudinha” financeira. Temos mesmo que banir do Congresso Nacional aqueles cuja preocupação maior é a manutenção de seus mandatos para fugir da Justiça através do famigerado foro privilegiado por causa das falcatruas que cometeram. Enfim, a grande medida está nas mãos dos eleitores. Basta que votem conscientemente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário