Foto: Divulgação / Câmara dos Deputados
Indicado por Michel Temer (PMDB) para resolver assuntos da JBS no governo, o deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) sugeriu ao empresário Joesley Batista que se identificasse por "Rodrigo" para garantir seu acesso ao Palácio do Jaburu. Segundo a investigação da Polícia Federal (PF), o parlamentar recebeu R$ 500 mil de propina da empresa. No diálogo anexado à delação premiada, os dois repercutem o encontro de Joesley com o presidente – ocorrido seis dias antes da ligação com o deputado. "Super, super discreto ali, bem, é, também dei meu nome nada. Entre, entrei direto na garagem, desci, fui ali naquela salinha ali", afirmou o empresário, em referência ao acesso na residência oficial ocupada pelo presidente, de acordo com O Estado de S. Paulo. Na conversa com Temer, ele também comenta que entrou sem precisar se identificar. "Protege você, te deixa à vontade, dá para fazer sempre assim. Quando for, quando você chegar e o cara pergunta, teu nome é 'Rodrigo'. O menino... Como aqueles militares ali da portaria não são controlados por nós, a gente nunca sabe quem vai estar naquela posição. O Comando fica trocando esses caras. Quando você chega, a placa do (inaudível). Diz: 'O Rodrigo vai chegar aí com o carro tal'. O menino que está na porta sabe nada", sugere Rocha Loures, ressaltando que é a pessoa escolhida pelo presidente para tratar dos assuntos de interesse do empresário. Na ocasião, Joesley repete que antes costumava discutir com o ex-deputado Eduardo Cunha, que atualmente está preso. Em seguida, ele passou a tratar com o ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), e depois com o chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. Com a divulgação da delação, Rocha Loures devolveu o dinheiro da JBS e foi afastado do cargo pelo Supremo Tribunal Federal (STF). BN
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