Foto: Divulgação / SRTE/BA
Pelo menos seis pessoas foram encontradas em condições degradantes de trabalho em uma fazenda em Cardeal da Silva, no agreste baiano. Conforme a força-tarefa encerrada nesta sexta-feira (26) pela Superintendência Regional do Trabalho na Bahia (SRTE/BA), os trabalhadores eram usados no corte de mata nativa para produção clandestina de carvão em uma fazenda de propriedade de Amarílio Souza Santos e Thiago Cerqueira Santos. Pelo menos, oito fornos foram encontrados no local. Para cada saca de carvão produzido pelos homens, eles recebiam apenas R$7 (sete reais), totalizando cerca R$ 200 por semana, o que sequer garantia o pagamento de um salário mínimo mensal. Ainda segundo a força-tarefa, os empregados dormiam em barracos improvisados de madeira, no meio da mata atlântica, em contato com insetos e outros animais. Eles também dormiam em cima de barracões de lona, sem colchões, e as necessidades fisiológicas eram realizadas a céu aberto, sem direito a banho ou ingestão de água potável. Conviviam ainda com escassez de alimentos, consumindo carne conservadas em sal. Além disso, foi constatado que os trabalhadores contratados tinham dívidas com alimentação com o empregador, com a comprovação do abuso encontrada em um caderno com as referidas informações. Segundo Alisson Carneiro, auditor-fiscal do trabalho da Superintendência Regional do Trabalho na Bahia, as carteiras de trabalho não eram assinadas e as atividades eram realizadas sem equipamento de proteção. O auditor que participou da operação esclareceu ainda que as habitações foram interditadas, tendo sido lavrados mais de 20 autos de infração. A força-tarefa teve apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF-BA) . BN
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