O rigor da versão fluminense do juiz Sérgio Moro poderá causar riscos à sua vida. O presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), desembargador André Fontes, determinou ontem o reforço na segurança do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. Este foi o primeiro ato assinado por Fontes, que tomou posse na quinta-feira. A decisão atende a um pedido do magistrado que está à frente da Operação Lava-Jato no Rio de Janeiro. Segunda-feira que vem, o presidente do TRF2 se reunirá com o juiz Marcelo Bretas. Ele quer manifestar o apoio institucional da segunda instância ao trabalho feito por ele nas operações Saqueador, Calicute e Eficiência, fases da Lava-Jato, estão sob a responsabilidade de Bretas;
A Operação Saqueador, investiga esquema de desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro no valor de R$ 370 milhões, os principais envolvidos são o dono da empresa Delta, Fernando Cavendish, e o contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira, por participação em esquema do desvio de dinheiro de obras feitas pela Delta Construtora. Na Operação Calicute, 16 pessoas foram indiciadas por crimes que incluem corrupção passiva e ativa de organização criminosa e lavagem de dinheiro na gestão do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral. A ex-primeira-dama do Estado Adriana Ancelmo, também envolvida na Operação Calicute por recebimento de propinas, chegou a ficar presa na ala feminina da unidade Bangu 8 do, mas agora cumpre prisão domiciliar no apartamento da família, no Leblon, zona sul do Rio. O ex-governador Sérgio Cabral permanece preso na ala masculina de Bangu 8. As investigações apuraram que R$ 220 milhões foram pagos em propinas por grandes empreiteiras para garantir obras públicas. Na Operação Eficiência, que é um desdobramento da Operação Calicute, segundo o MPF, o empresário Eike Batista, dono do grupo EBX, pagou US$ 16,5 milhões ao ex-governador Cabral. Eike também está preso na Penitenciária de Bangu 9. por Airton Leitão
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