por Jamil Chade | Estadão Conteúdo*Foto: Ag. Pará
O vírus zika poderá custar à economia brasileira até US$ 4,7 bilhões no curto prazo e chegaria, no pior dos cenários, a ter um impacto de US$ 11,6 bilhões (R$ 36 bilhões) ao longo dos próximos anos, aprofundando a pobreza em comunidades mais afetadas pela epidemia. O alerta foi publicado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Federação Internacional da Cruz Vermelha, em um levantamento inédito sobre as consequências econômicas do surto do vírus e sua ameaça para o combate à desigualdade social. Para determinar os custos, as entidades avaliaram o impacto nos sistemas de saúde, em programas de ajuda a crianças, na receita de regiões com o turismo, no impacto com gastos para a prevenção, diagnóstico, perda de produtividade dos trabalhadores, o esforço de impedir a proliferação do mosquito e o custo de cuidar de uma geração de crianças com microcefalia. As estimativas apontam que, para cada criança com microcefalia nascida no Brasil, o custo seja de US$ 890 mil ao longo de sua vida, entre gastos médicos e apoio social. No caso de pessoas afetadas pela Síndrome de Guillan-Barré, o impacto será de US$ 222 mil. No primeiro momento, o que a ONU tentou calcular é o impacto imediato do atual surto. Algumas estimativas apresentadas no documento acreditam que, em média, 60 milhões de pessoas possam ser afetadas entre 2015 e o final de 2017 pelo vírus em todo o mundo. Mas a OMS estima que existam neste início de ano 4 milhões de pessoas afetadas na América Latina. BN
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