por Valmar Hupsel Filho | Estadão Conteúdo*Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil
Alvo de inquéritos por corrupção e lavagem de dinheiro na operação Lava Jato, o senador Romero Jucá (RR), voltou a defender hoje a continuidade e a rapidez das investigações afirmando que "parar a Lava Jato hoje é parar a calúnia como está". "Defendemos a Lava Jato e queremos rapidez na Lava Jato porque hoje todos estão sendo caluniados. Ou não. O que vai definir se é calúnia ou se é verdade é a investigação", disse o senador em discurso durante o durante o 16º Fórum Empresarial, que acontece em Foz do Iguaçu (PR). "Então, parar a Lava Jato hoje é congelar a calúnia no estado em que ela está. Quem tem seriedade com o Brasil e quer passar a limpo este País quer a investigação", completou, afirmando que o país vive hoje um tempo de "facilidade" e "generalização" de acusação. "Vivemos hoje um momento de crise política, que, sinceramente - e eu estudo história política, fui governador e tenho três mandatos como senador - e não vi uma crise como a que o país está vivendo", afirmou. Ao defender a necessidade de aprovação das reformas trabalhista e previdenciária, o senador peemedebista, líder do governo no Senado, disse que as investigações da Lava Jato "são questões tratadas no Judiciário" que "não vão paralisar o Congresso". "As investigações são questões tratadas no Judiciário. Essas investigações e qualquer tentativa de qualquer setor não vão paralisar o Congresso Nacional, não vão paralisar o Senado da República e não vão paralisar o governo", disse, ele, afirmando que as reformas deverão ser aprovadas até julho. Ao falar para a elite empresarial do país, Jucá definiu o governo como "uma janela de oportunidades", que, segundo ele, busca recuperar três pilares básicos perdidos nos governos petistas: credibilidade, segurança jurídica e previsibilidade. O senador conclamou os empresários a apoiarem e cobrarem o governo. "Quero conclamar os setores brasileiros, e o empresariado é fundamental nisso, para que participem desse esforço. Não julguem, cobrem.". Vale ressaltar que Jucá saiu do comando do Ministério do Planejamento após o vazamento de áudios em que ele falava em uma estratégia para estancar a sangria provocada pela operação (relembre).
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