Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou nesta terça-feira a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro em um dos inquéritos da Operação Lava Jato. Com a decisão, Raupp se torna réu no processo e será julgado. De acordo com a denúncia, o parlamentar é acusado de receber propina de 500.000 reais disfarçada de doações eleitorais da empreiteira Queiroz Galvão, investigada na Lava Jato, na eleição de 2010, quando Raupp foi eleito. Para os investigadores, o valor tem origem em desvios de contratos da Petrobras. De acordo com a Veja, o dinheiro teria sido solicitado ao ex-diretor de Abastecimento da estatal e delator Paulo Roberto Costa e operacionalizado pelo doleiro Alberto Yousseff. Segundo a PGR, o recebimento dos valores contou com a participação de Pedro Roberto Rocha e Maria Cléia Santos, dois assessores do senador, que também se tornaram réus. Seguindo voto do relator, Edson Fachin, o colegiado entendeu que há indícios de autoria e de prova para abertura de ação penal contra o senador. Em seu voto, Fachin disse que Raupp pediu doação de campanha a Costa, que teria atendido à demanda pelo fato de o PMDB fazer parte do grupo de partidos que lhe davam sustentação no cargo na Petrobras. O valor foi registrado oficialmente na Justiça Eleitoral. O voto do relator foi seguido pelos ministros Ricardo Lewandowski e Celso de Mello. Dias Toffoli e Gilmar Mendes ficaram vencidos por aceitarem a denúncia somente pelo crime de corrupção.
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